Estações do Amor: Verão [jjk + pjm]

Oportunidade

2478 palavras

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Terminadas as conversações de depois do jantar, a maioria dos convidados começou a se retirar para os seus aposentos. Ao atravessar um dos arcos que davam para o salão, Jimin viu que os amigos esperavam por ele. Sorriu para aqueles rostos cheios de expectativa e foi com eles para um canto onde poderiam conversar com mais privacidade.

— E aí? – perguntou Yoongi.

— Mamãe e eu vamos fazer uma caminhada com lorde Seokjin amanhã de manhã – contou Jimin.

— Sozinhos?

— É, sozinhos – confirmou o ômega. – Na verdade, vamos nos encontrar bem cedo para evitar a companhia da horda de caçadores de marido.

Se estivessem em um ambiente mais privativo, poderiam ter gritado de alegria. Contentaram-se no entanto em trocar sorrisos triunfantes, enquanto Taehyung mexia os pés fazendo uma dancinha da vitória.

— Co-como ele é? – indagou Hoseok.

— Tímido, mas agradável – respondeu Jimin. – E parece ter senso de humor, algo pelo qual não ousei esperar.

— Isso tudo sem contar os dentes! – exclamou Yoongi.

— Você tinha razão em dizer que ele se assustaria fácil – prosseguiu Jimin. – Estou certo de que Seokjin não se sentiria atraído por um Ômega de temperamento forte. Ele é cauteloso, tem voz suave. Estou tentando parecer recatado, embora sinta que muito provavelmente acabarei me sentindo culpado por enganá-lo.

— Todos os Ômegas fazem isso nessa fase de cortejo... e os Alfas também, se querem saber – disse Yoongi de um jeito prosaico. – Tentamos ocultar nossos defeitos e dizer coisas que achamos que o outro queira ouvir. Fingimos ser encantadores e bem-humorados e fazemos de conta que os hábitos desagradáveis do outro não nos incomodam. Depois do casamento, a coisa muda de figura.

— Não acho que os Alfas tenham que fingir como os Ômegas – retrucou Jimin. – Se um Alfa é corpulento ou tem dentes manchados, ou ainda se é meio estúpido, continua sendo um bom partido, bastando para isso que seja um cavalheiro e tenha algum dinheiro. Dos Ômegas, no entanto, exige-se que atendam a padrões mais elevados.

— E é por isso que todos nós estamos so-solteirões – sentenciou Jung.

— Não por muito tempo – prometeu Jimin com um sorriso.

Kyungmi, a tia beta de Hoseok, vinha chegando do salão de baile trajando um vestido preto que não combinava com sua tez pálida e a fazia parecer uma bruxa. Havia pouca semelhança com Hoseok, seu rosto era redondo, o cabelo ruivo, e as sardas em excesso; uma mulher muito mal-humorada.

— Jung Hoseok – disse bruscamente, dirigindo aos rapazes um olhar de desaprovação e fazendo um gesto para o sobrinho. – Eu avisei para não desaparecer dessa maneira. Estive procurando você por toda parte durante uns dez minutos pelo menos, e não me lembro de tê-lo ouvido pedir permissão para encontrar seus amigos. E de todos os moços com quem você poderia se relacionar... – Falando sem parar e irritada, tia Kyungmi foi se encaminhando para a grande escadaria, enquanto Hoseok, com um suspiro, a seguiu.