Capítulo 14 (+18)

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Dul: Está muito bom, Chris. Você não disse que sabia cozinhar — falei, enquanto comia a massa com frango à moda cajun que ele havia preparado. Ele forçou um sorriso, e pude ver que estava se esforçando para manter a conversa leve.

Ucker: Se eu tivesse te contado antes, você ia querer que eu cozinhasse toda noite. O sorriso dele desapareceu, e seus olhos se voltaram para a mesa. Revirei a comida no prato.

Dul: Também vou sentir sua falta.

Ucker: Você ainda vai aparecer por aqui, não vai?

Dul: Você sabe que eu vou. E você também vai aparecer no Morgan, para me ajudar a estudar, que nem antes.

Ucker: Mas não vai ser a mesma coisa — ele suspirou. — Você vai estar namorando o Killian, a gente não vai ter tempo... Vamos acabar seguindo rumos diferentes. — Ele conseguiu dar uma única risada. — Quem poderia imaginar, da primeira vez que nos encontramos, que estaríamos sentados aqui agora? Eu nunca teria acreditado, atrás, que ia ficar tão triste de me despedir de uma garota... — Senti um nó no estômago.

Dul: Eu não quero que você fique triste.

Ucker: Então não vá embora — Sua expressão era tão desesperada que a culpa formou um nó na minha garganta.

Dul: Eu não posso morar aqui, Chris. Isso é loucura.

Ucker: Quem disse? Acabei de ter as duas melhores semanas da minha

Dul: Eu também.

Ucker: Então por que eu sinto que nunca mais vou ver você de novo? — Eu não tinha resposta para a pergunta dele. Seu maxilar ficou tenso, mas ele não estava com raiva. A urgência de ir até ele crescia insistentemente em mim, então me levantei e dei a volta no balcão, sentando-me em seu colo. Ele não olhou para mim, e abracei seu pescoço, pressionando meu rosto no dele.

Dul: Você vai perceber o pé no saco que eu era e vai esquecer completamente de sentir a minha falta — falei ao ouvido dele. Ele soltou o ar enquanto esfregava minhas costas.

Ucker: Promete? — Eu me inclinei para trás e olhei nos olhos dele, tocando cada lado de seu rosto com as mãos. Fiz carinho no queixo dele com o polegar. Sua expressão era de partir o coração.

Fechei os olhos e me inclinei para beijar o canto de sua boca, mas ele se virou e beijei mais do que tinha pretendido. Mesmo tendo sido pega de surpresa pelo beijo, não recuei de imediato. Ele manteve os lábios nos meus, mas não foi além disso. Por fim, eu me afastei e dei um sorriso.

Lavamos a louça em silêncio, com Totó dormindo aos nossos pés. Ele secou e guardou o último prato, depois me levou pelo corredor, segurando minha mão com um pouquinho de força demais. A distância entre a entrada do corredor e o quarto dele parecia duas vezes mais longa. Nós dois sabíamos que o momento do adeus estava próximo. Dessa vez ele nem tentou fingir que não estava olhando enquanto eu trocava de roupa, colocando uma de suas camisetas para ir para a cama. Ele tirou toda a roupa, ficando só de cueca, e se enfiou debaixo do cobertor, esperando que eu me juntasse a ele. Assim que fiz isso, Christopher apagou a luz e me puxou para junto dele, sem permissão nem desculpa. Seus braços estavam tensos e ele soltou um suspiro.Aninhei o rosto em seu pescoço e fechei os olhos com força, tentando saborear o momento. Eu sabia que desejaria ter esse momento de volta todos os dias da minha vida, então aproveitei ao máximo. Ele olhou pela janela. As árvores lançavam uma sombra sobre o seu rosto. Christopher cerrou os olhos, e um sentimento pungente e triste tomou conta de mim. Era terrível vê-lo sofrer, sabendo que eu era não só a causa daquele sofrimento, mas a única pessoa que poderia fazer com que ele deixasse de senti-lo:

Dul: Chris? Você está bem? — Seguiu-se uma longa pausa antes que ele finalmente respondesse.

Ucker: Nunca me senti menos bem na vida. — Pressionei a testa no pescoço dele, e ele me abraçou mais apertado.

Verano Peligrosoजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें