Capítulo 9

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A campainha tocou e Lua sorriu, acenando para mim com animação exagerada:

Lua: Divirta-se! — Killian segurava um pequeno buquê de flores, de calça social e gravata. Ele me analisou rapidamente de cima a baixo, depois voltou a olhar para o meu rosto.

Killian: Você é a criatura mais linda que já vi na vida — disse, enamorado.

Ele estendeu a mão e me levou até seu Porsche reluzente. Assim que entramos, ele soltou o ar que vinha prendendo:

Dul: Que foi?

Killian: Tenho que confessar que estava um pouco nervoso de vir buscar a mulher por quem Christopher Uckermann está apaixonado... e no apartamento dele. Você não sabe quanta gente me acusou de insanidade hoje.

Dul: Christopher não está apaixonado por mim. Às vezes ele mal aguenta ficar do meu lado.

Killian: Então é uma relação de amor e ódio? Porque, quando falei para o pessoal da fraternidade que levaria você para sair hoje à noite, todos eles me disseram a mesma coisa. Ele vem se comportando de um jeito tão instável... mais que de costume... que todos chegaram à mesma conclusão.

Dul: Eles estão errados — insisti. Killian balançou a cabeça, como se eu fosse completamente ingênua, e colocou a mão sobre a minha.

Killian: É melhor a gente ir. Temos uma mesa à nossa espera no Biasetti. Eu me arrisquei... Espero que você goste de comida italiana. — Ergui uma sobrancelha.

Dul: Não estava muito em cima da hora para conseguir uma mesa? Aquele lugar vive lotado.

Killian: Bom... o restaurante é da minha família. Metade dele, pelo menos.

Dul: Adoro comida italiana.

Várias pessoas se aproximaram para cumprimentá-lo, e ele sempre me apresentava com um sorriso orgulhoso. Ele era visto como uma celebridade lá no restaurante, e, quando fomos embora, senti os olhares avaliadores de todos no salão.

Dul: E agora, o que vamos fazer?

Killian: Tenho prova de anatomia comparativa de vertebrados, preciso que estudar um pouco — disse ele, cobrindo minha mão com a dele.

Dul: Antes você do que eu — falei, tentando não parecer tão decepcionada. Ele me levou até o apartamento, conduzindo-me na escada pela mão.

Killian: É cedo demais para convidar você para sair de novo?

Dul: De jeito nenhum — falei, irradiando alegria.

Killian: Ligo pra você amanhã?

Dul: Perfeito.

E então chegou o momento do silêncio constrangedor. O elemento que eu mais temia nos encontros. Beijar ou não beijar, eu odiava essa questão. Antes que eu tivesse a chance de imaginar se ele ia me beijar ou não, ele segurou meu rosto e me puxou para perto, pressionando os lábios nos meus. Lábios macios, quentes e maravilhosos. Ele se afastou um pouco, depois me beijou de novo.

Killian: A gente se fala amanhã, docinho. — Acenei em despedida, observando enquanto ele descia os degraus em direção ao carro. Mais uma vez, quando girei a maçaneta, a porta se abriu com tudo e caí para frente. Chris me segurou, e consegui voltar a ficar em pé.

Dul: Quer parar com isso? — falei, fechando a porta depois de entrar.

Ucker: Docinho? Que tipo de apelido é esse? — disse ele com desdém.

Dul: E Beija-Flor? — respondi com o mesmo desdém. — Um pássaro que fica voando e fazendo um barulho esquisito?

Ucker: Você gosta de Beija-Flor — disse ele, na defensiva. — É um pássaro lindo, que nem você. Você é meu beija-flor. — Eu me segurei no braço dele para tirar os sapatos de salto e depois entrei no quarto. Enquanto trocava de roupa e colocava o pijama, fiz o melhor que pude para continuar brava com ele. Chris se sentou na cama e cruzou os braços. — Foi bom?

Verano PeligrosoWhere stories live. Discover now