Capítulo 12

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Ucker: Já falei que você está incrível? — Fiz que não e o abracei, repousando a cabeça em seu ombro. Ele me apertou, enterrando o rosto no meu pescoço e fazendo com que eu esquecesse decisões, pulseiras ou personalidades divididas. Eu estava exatamente onde queria estar. Quando o ritmo da música deu lugar a uma batida mais rápida, a porta se abriu.

Dul: Killian! — chamei, correndo para ir abraçá-lo. —Você veio!

Killian: Desculpa pelo atraso, Dul— disse ele, me dando um selinho. Ele ergueu meu pulso. —Você está usando a pulseira.

Dul: Eu falei que ia usar. Quer dançar? — Ele balançou a cabeça em negativa.

Killian: Hum... eu não danço.

Dul: Ah. Então quer me ver virando a sexta dose de tequila? — falei sorri, erguendo minhas cinco notas de vinte. — Ganho o dobro se conseguir chegar a quinze.

Killian: Isso é meio perigoso, não é? — Eu me inclinei para falar ao ouvido dele.

Dul: Estou enrolando eles. Eu brincava disso com o meu pai desde os dezesseis anos.

Killian: Ah — ele disse, franzindo a testa em desaprovação. — Você bebia tequila com o seu pai? — Dei de ombros.

Dul: Era o jeito dele de se aproximar de mim. — Killian não parecia impressionado quando seu olhar desviou do meu para analisar a galera ali reunida.

Killian: Não posso ficar muito tempo. Vou acordar cedo para viajar com o teu pai. Vamos caçar.

Dul: Que bom que a minha festa foi hoje então. Se fosse amanhã, você não teria conseguido vir — falei, surpresa ao tomar conhecimento de seus planos. Ele sorriu e me pegou pela mão.

Killian: Eu teria conseguido voltar a tempo. — Eu o puxei até a cozinha, peguei outro copo de tequila e o virei, baixando-o no balcão com a boca virada para baixo, como tinha feito com os cinco anteriores. Aaron me entregou mais uma nota de vinte, e fui dançando até a sala. Chris me puxou e dançamos com Lua e Sid, que me deu um tapa no bumbum. Lua deu um segundo, depois todos que estavam na festa fizeram o mesmo, menos Killian. No número dezenove, Chris esfregou as mãos:

Ucker: Minha vez! — Esfreguei o bumbum dolorido.

Dul: Pega leve! Já estou com dor na bunda! — Com um sorriso maldoso, ele levou a mão bem acima do ombro. Fechei os olhos com força. Depois de uns instantes, dei uma espiada. Antes de sua mão encostar no meu bumbum, ele parou e me deu um tapinha de leve.

Ucker: Dezenove! — exclamou. Os convidados gritaram animados, e Lua começou a cantar uma versão alcoolizada de "Parabéns a você". Ri quando chegou à parte de dizerem o meu nome, e a sala inteira falou "Beija-Flor".

Outra música lenta começou a tocar, e Killian me puxou para a pista de dança. Não levei muito tempo para descobrir por que ele não dançava:

Killian: Desculpa — ele disse, depois de pisar no meu pé pela terceira vez. Encostei a cabeça no ombro dele.

Dul: Você está indo bem — menti. Ele beijou minha testa.

Killian: O que você vai fazer na segunda-feira à noite?

Dul: Jantar com você?

Killian: Sim. No meu novo apartamento.

Dul: Você arrumou um apartamento! — Ele riu e assentiu.

Killian: Sim, mas vamos pedir comida. A minha não é exatamente comestível.

Dul: Eu comeria mesmo assim — falei, sorrindo para ele. Killian olhou de relance ao redor da sala e me levou até um corredor. Gentilmente me pressionou contra a parede, beijando-me com os lábios macios. Suas mãos passavam por todas as partes do meu corpo. No começo fiz o jogo dele, mas, depois que sua língua penetrou minha boa tive a nítida sensação de que estava fazendo algo errado. — Ok, Killian— falei, fazendo uma manobra para me afastar.

Verano PeligrosoOnde histórias criam vida. Descubra agora