IMPÉRIO - PARADA POR TEMPO INDETERMINADO

Quarenta e seis

Lauren faz falta.

Aquela desgraçada se aproximou de mim, fez eu me apaixonar por ela, ama-la, pra no fim dizer não pra mim.
Estou ficando com dor de cabeça. Vou parar de pensar nela.

Estou ficando mal humorada e não é bom pra mim e nem pra sofia.

Minha filha sorrir pra mim o tempo todo, parece que engoliu purpurina.

Como ela consegue sorrir todo hora?

O que eu tô pensando? Ela é uma criança, não entende essas coisas sobre amor e adultos.
Não tem que se preocupar com isso.

Queria voltar a minha infância onde eu não tinha que me preocupar com isso. Teve partes ruins, mas talvez fosse diferente.

Talvez.

- Mamãe olha quem é! Tia Lauren!

Quando eu decido não pensar ela aparece.

Minha filha corre em sua direção que a pega nos braços lhe abraçando.

- Oi Camila.
- Oi, o que tá fazendo aqui?

Ela e Sofia se olham com um olhar cúmplices.

- Eu quero conversar com você.
- Agora quer conversar?
- Me perdoa.

Lauren me olha com um olhar de cachorro que caiu da mudança e eu não vou ceder tão fácil. Lauren me magoou. O que custava ter conversado comigo em vez de escolher o caminho mais doloroso?

- Eu não tô pronta.
- A alguns dias você estava.

Levanto as sobrancelhas incrédula com o que tô ouvindo.
- Não seja filha da...
- A Sofia Camila.
Tento respirar fundo pra não esquartejar a mulher na minha frente.
- você não pode me dizer aquelas coisas e vim aqui falar comigo como se elas não tivessem me magoado. Não haja como só você existisse no mundo, não são só os seus sentimentos que são válidos.
- Me desculpa.
- Vai pastar. Eu olhava pra você e pensava, nossa! quem é essa mulher que insiste em mexer com o meu coração? Por que ela é tão boa? sem perceber me apaixonei e pensei mesmo em passar o resto da minha vida com você, mas agora eu só quero que você suma da minha frente porque tudo que eu achava de você sumiu.
- Camz... Eu...
- Eu sei o que vai dizer e eu não me importo mais. Você morreu pra mim Lauren.
Me levanto do sofá da lanchonete.
- Vamos filha.
- Mamãe...
- Por favor Sofia, só vamos. - tento não chorar na frente das duas porque eu tô cansada de chorar.
- Eu sinto muito Camila.
- Se sentisse mesmo não teria começado essa conversa dessa forma.

Puxo Sofia pelo braço só querendo sair daqui. Abro a porta pra Sofia a pondo na cadeira e sou pega de surpresa pela minha filha quando ela me puxa pela blusa tentando me dar um abraço.

- Me perdoa mamãe, eu não queria fazer você chorar.
- Tá tudo bem princesa.
- Me perdoa.

Minha filha tem os olhos cheios de lágrimas e isso me corta o coração.

- você não tem que me pedir desculpas, você não tem culpa da Lauren me falar coisas bestas. Ela que tem culpa aqui tá bom? Você só quis ajudar.
- Tá bom.
- Eu te amo, meu bem.
- Também te amo mamãe.

Ouvir Sofia me chamado de mamãe aquece meu coração, a cada vez é um sentimento diferente. Acho que nunca vou me acostumar

- Vamos pra casa meu bebê.

A encho de beijos no rosto o que a faz rir. Era esse o som que eu queria ouvir.

O melhor.