031; Morte

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ZAYA TORETTO

No momento do desespero, confiamos a nossa vida até em nosso pior inimigo, e isso era o que acontecia comigo, Rafe atirou em mim, quase me matou, e eu estava ali, deitada em uma banheira fingindo estar morta após simularmos uma briga para tentarmos fugir, ele estava atrás da porta, e eu escutei o barulho de uma briga que me assustou radicamente, respiro fundo me levantando e retiro a cortina própria para o banheiro, a puxando com cautela para o lado. 

Olhei para Rafe que pegava a arma da mão do homem caído no chão, e tiro alguns fios de cabelo presentes em meu rosto, os colocando atrás da orelha, enquanto prestava atenção no ato do garoto de checar a munição presente no revólver. O barulho do tiro que levei meses atrás ecoou em minha mente, o que me fez dar alguns passos para trás, enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas. 

Por um momento, pensei em desistir, pegar a arma a força e atirar nele como aconteceu comigo, mas eu não faria aquilo, a humanidade presente em meu sangue não permitia. O garoto me olhou e ao perceber que estava prestes a chorar, respirou fundo fechando a porta do banheiro. 

— Eu não vou machucar você. — falou. — Eu prometo. 

— Você já me machucou antes. 

— Zaya, eu me arrependo. — respirou fundo, estendendo a mão com a arma. — Pode ficar com ela, se quiser. Mas precisa estar pronta para atirar se for preciso, e eu sei que não tem essa força, porque é boa demais para matar alguém, mas eu mato quem for necessário, para fugir aqui. Eu mato todo mundo para te proteger, confie em mim. 

— Ok.

— Estamos em uma ilha no norte da cidade, podemos pegar o barco nos fundos da mansão, e torcer para que eles não atirem na gente enquanto eu tento pilotar o barco, e você solta as cordas, combinado? 

— Combinado. 

Com passos cautelosos e apressados, Rafe e eu saímos do quarto. Ele mirava em todos os lugares enquanto eu caminhava logo atrás dele, não haviam impencilíos na nossa saída orquestrada, nenhum homem, ou armadilha. Andei um pouco na frente, e fui surpreendida quando o garoto me puxou pela cintura, olhei para o lado e vejo um homem passando no corredor, estávamos contra uma parede, e ela nos protegia da visão dele, tiro a mão do menino de meu corpo, e ele voltou a andar quando a nossa caminhada foi liberada. 

Ao abrir a porta principal, um arrependimento corroeu nossos corpos quando um alarme preencheu toda a casa que logou foi tomada por uma cor vermelha, senti a mão de Rafe segurar a minha com força, enquanto vozes chamavam a nossa atenção, olhei para cima e vejo no mezanino os homens armados, mirando em nossa direção. 

— Corre, princesa. — foi tudo o que Rafe falou. 

Ele abriu a porta, e nós começamos a correr, podia ouvir o barulho dos disparos, demos a volta no quintal, ignorando os tiros que chegavam perto de nós, eram basicamente próximos de nossos pés, como se o grupo tivesse a missão de nos guiar para um lugar específico, e o plano deles não acontecia, porque nós tínhamos o nosso caminho em mente, e íamos correr de acordo com ele. 

O garoto e eu chegamos no piso de madeira, e corremos novamente pelo convés, ele me empurrou com cuidado para a frente dele, enquanto atirava nos homens que falhavam na missão de nos atingir, subo as escadas e ligo o barco, removendo as cordas que prendiam o mesmo. Olhei para Rafe que subiu no veículo logo em seguida, dirigindo o nosso meio de transporte rapidamente, respiro fundo e olho para seu ombro vendo-o sangrar, e me abaixo ao ouvir os tiros. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu