006; O retorno de um fantasma

291 15 7
                                    

ZAYA TORETTO

Desço do vaso sanitário e pego a arma apontando para a porta, ele abriu a entrada me puxando pelo braço e me jogando contra uma das paredes. Sinto meu corpo todo doer enquanto cada parte da minha pele cai ao solo, olhei para o rapaz e vejo-o com minha pistola sorrindo fraco. 

— Seu nome? 

— Não é da sua conta. — respondo. 

— Ah, garota. — ele se aproxima.       

O homem com várias tatuagens pelo braço e olhos claros e cabelo preto segura meu pescoço me colocando contra a parede e me tirando do chão, tento me soltar e sinto as minhas forças se espairecerem.

— Chefe, você vai matar ela! — gritou o homem que o acompanhava. — Ela é a Zaya, filha da Arya!

O meu rival me jogou no chão no mesmo instante, puxo o ar com força e coloco o meu cabelo todo para trás. O rapaz se abaixou na minha frente e sorriu me encarando. 

— Meu nome é Alec. — se apresentou. — Sua mãe e eu trabalhamos em Houston, e eu preciso admitir, ela me traiu, uma vagabunda completa. 

— Lava a sua boca para falar da minha mãe. 

— Ah... — acariciou meu rosto, e eu bato na sua mão. — Eu vou falar do jeito que eu quiser, ok? 

Olho para o lado e vejo a arma no chão, tento ir até ela, mas o homem puxou os meus pés, me fazendo gritar por ajuda. Alec me virou de barriga para cima, escuto barulhos no andar de baixo e tento me soltar dos seus toques que tentavam atingir minha boca na intenção de me calar. 

— Socorro! — grito. — Mãe, pai! Socorro!

O outro homem coloca um pano na minha boca, e minhas forças começam a se desfazer, olhei para o lado e vejo Nano entrar no banheiro, mas de repente tudo ficou escuro. 

ARYA TORETTO 

— Eu não acredito! — exclamou Deckard. — Ela foi levada? Como assim?!

— Eu não sei! — falo. — O Brian e eu estávamos checando o primeiro andar da casa, mas fomos atingidos na cabeça e apagamos. Acordamos em outro lugar, mas voltamos para a casa, e quando subimos para os quartos e vimos que ela não estava. Somente a jaqueta e a arma. 

— E dois mortos. — fala Brian. — Eu acho que alguém entrou no banheiro e matou os dois  homens que tentaram fazer mal a ela, mas só falta a gente entender o porquê. 

Meu celular começa a tocar, pego o aparelho e vejo o nome de Nano no visor, atendo no mesmo instante e coloco a ligação no viva-voz. 

— Nano, o que houve? — pergunto. 

A Zaya está comigo. — disse, e nós suspiramos aliviados. — Eu vi os caras indo na direção da casa que vocês iriam, salvei a filha de vocês, e a trouxe para casa. 

— Eu vou buscá-la. — falou John B, e nós o olhamos. 

— Vou com ele. — respondeu Brian. — Que horas podemos ir? 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Where stories live. Discover now