004; Não deixe o mar te engolir

308 27 1
                                    

ZAYA TORETTO

QUANDO estamos expostos ao perigo, temos duas opções, ou lutamos para nos proteger, ou simplesmente ficamos parados, esperando uma resposta do corpo da outra pessoa para aí sim, realizarmos alguma ação. Eu não sabia o que fazer, apenas fiquei encarando a mulher a minha frente que parecia me estudar, procurando talvez alguma semelhança entre meus pais e eu. 

— Irmã da Cipher? — minha mãe perguntou, se aproximando de nós. — O que uma parente da Cipher quer com a minha filha? 

— Eu quero conversar com ela, porque você matou a minha irmã. 

— Eu não tive escolha. 

— Ah, e acha que nós temos escolha? Eu não sei como você costuma a conduzir os seus pecados, mas eu quero que entenda que eu irei fazer questão que saibam com quem estão lidando a partir de agora, entendeu? 

— O que pretende fazer? — pergunto. 

— Você vai saber. 

— Se você machucar alguém que eu amo, eu juro...

— Jura o quê, Arya?! — gritou, a interrompendo. — Você contou para os seus filhos o que fez em Houston? Matou pessoas sem motivo nenhum! Machucou as crianças como modo de vingança aos pais, o que você quer que eu faça? Fique parada?! Não! — empurrou minha mãe, que bateu a mão no braço dela, e a nossa família entrou no meio separando a confusão. — Eu só quero que saiba que uma coisa, só de uma coisa. — afirmou. — Eu vou te dar o troco, porque você é podre. 

— Em qual filho? — perguntei. — Estou curiosa. 

— O maior laço que uma mãe tem com um filho é o sangue, na minha opnião. — falou, me olhando. — Eu quero você, Zaya. Eu vou te pegar, pode ter certeza. 

Ela entrou no carro me fazendo suspirar, olhei para John B que se aproximou de mim me puxando para um abraço, deito minha cabeça em seu peito e solto o ar devagar fechando os olhos. 

ARYA TORETTO

— O que você quer de mim? Quer que eu faça o que para fazer tudo isso acabar? — pergunto, andando de um lado para o outro. — Minha filha foi ameaçada na minha frente, acha que estou tranquila?

— Filha, cala a boca. — minha mãe diz. — Eu entendo que tenha passado por muita coisa, e isso resultou no que fez em Houston, só que agora não adianta chorar e implorar, devemos nos proteger. Eles vão fazer de tudo para machucar a Zaya, temos de revidar. 

— Revidar? — indago. 

— Mick Jagger. — Hattie e Deckard falam ao mesmo tempo. 

— Não entendi. — falou Roman. 

— Vocês não conhecem o método Mick Jagger? — perguntou Shaw. 

— Não. 

— Quando eu e o Deck, éramos crianças. A gente inventava várias roubalheiras, o Mick Jagger era um plano em que uma pessoa chamava toda atenção. Enquanto outro tocava música, um trabalho infiltrado. — explicou Hattie.

— Perfeito, podemos pegar a Zaya e colocar lá dentro. — falou Dom. — A menina é esperta, vai conseguir. 

— Não. — afirmei. — A minha filha não vai correr nenhum risco por minha causa. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Where stories live. Discover now