Fazia tempo que eu não corria como corri hoje quando soube que Minato estava hospitalizado novamente. A primeira vez que recebi essa noticia, era um dia de chuva e o jogo de vitória nacional de polo aquático tinha acabado.
Minato carregava o título de melhor do Japão. Namoramos por três anos, era algo mais inocente nos dois primeiros anos, mas ele me pediu em namoro oficialmente e eu quase surtei. Quando ele sofreu o acidente, senti a maior dor da minha vida. Corri na chuva até o hospital e peguei pneumonia. Ele ficou internado por um bom tempo, o suficiente para acordar e se esquecer de mim e sua paixão pelo esporte.
Meu coração doeu ainda mais quando ele perguntou quem eu era.
Mas fomos nos reconhecendo, eu o ajudei com o que pude durante a reabilitação, começamos a estudar na mesma escola e eu fiz com que ele se inscrevesse no time de polo aquático. Pode ter sido idiota, mas foi incrível ver ele voltar a jogar. Sua personalidade tinha mudado muito e me apeguei a ele sem medo.
Só que agora me doía ouvir ele gritar com os amigos recém feitos, arranjar brigas com antigos companheiros, contudo eu tinha uma pequena felicidade ao vê-lo ir mais firme no esporte. A gente se afastou durante esse novo processo.
Comigo ele não mudara nada. Quando sozinhos ele era romantico, me contava seus medos e angustias, era carinhoso e gentil. Em público, eu era o seu troféu tanto quanto ele era o meu, demonstrava carinhos sorrateiros e beijos eram poucos.
Meu conforto era saber que mesmo com a personalidade antiga, seu sentimento por mim e seu carinho eram os mesmos.
