𝐀𝐥𝐮𝐜𝐚𝐫𝐝

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- Eu vou com você, capitão! - Insisti mais uma vez junto de um aperto forte no peito.

- Com a permissão de quem, senhorita S/N? - Questionou, a sua voz áspera me arrepiava inteira desde que nos conhecemos anos atrás. Eu era uma órfã de guerra, resgatada por um ser que nunca se interessou na vida humana e criada na casa dos Hellsing como uma igual, apenas nunca me transformaram em uma vampira e nunca beberam de meu sangue. - Você não pode participar dessa guerra. Você vai morrer no instante que por os pés para fora dessa mansão!

- Então me transforme em vampira! Aí eu não morrerei quando sair daqui. - Argumentei.

Seu rosto se encheu de fúria. O ouvi respirar fundo e levar as mãos para o rosto. Ele respirou fundo. Parecia tenso demais para uma simples guerra na qual a vitória dele é evidente para o que quer que aconteça.

Ele se aproximou em passos pesados, a impaciência exalava do seu corpo me causando arrepios fortes. Maldito ser que mal sabia o controle que tinha sobre mim.

- Você fica, S/N. É mais seguro e vantajoso se ficar.

- Mas a Seras vai. Eu treino e sirvo essa família há mais tempo, sou mais forte que ela e em qualquer treino que nós já tenhamos feito eu que ganhei! Você sabe disso, capitão! A única coisa que é vantajoso para ela, é o sangue de vampiro! - Disse irritada.

Seras sempre teve uma atenção especial de Alucard. Ela foi escolhida para herdar o seu sangue, enquanto eu, que o servia e tinha a lealdade entregue há eras, não recebi nenhuma gota do seu sangue. Eu não era digna disso, mesmo sendo a melhor.

- Eu sei, S/N! - Gritou. Em uma resposta automática, meu corpo foi para trás, mas suas mãos agarraram meus ombros fortemente, sentia seus dedos marcarem a minha pele. - Eu sei, mas eu não posso deixar você ir! Você precisa ficar aqui. Onde vai estar segura, entendeu?

- Por que eu preciso ficar segura? - Perguntei impaciente.

A resposta foi um gesto. Simples. Mas que despertou diversas sensações pelo meu corpo quando sentia sua boca contra a minha, a invasão de sua língua na minha boca, as presas provocarem o contorno dos seus lábios e as suas mãos irem até o meu pescoço, deixando um carinho leve ali.

- Eu preciso que você fique segura, entendeu?

Vi em seus olhos uma tristeza fraca, como se aquele momento que despertara em mim diversas borboletas fosse o último que iriamos ter. Como se eu fosse permitir que aquele fosse o único momento em que eu poderia tocar os seus lábios com os meus e dar um pouco do amor que tinha guardado por ele todo esse tempo.

- Volta o quanto antes, entendeu?

Ele deu aquele sorriso idiota e provocador que me deixava boba. Deixei um selar leve na sua boca antes de vê-lo partir com a equipe. Eu quis ir atrás. Correr até eles e ir junto. Mas as minhas pernas estavam bambas demais, meus olhos nublados pelas lágrimas e o meu corpo trêmulo pelo medo de talvez - só talvez - ele não voltar ou eu não estar aqui para recebê-lo.

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