5. Disputa de território

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Flora

– Você tinha que ter visto, ela caiu direitinho – Conto para Bárbara no corredor, enquanto ainda não temos que nos separar e irmos para nossas respectivas aulas – Por um momento eu esqueci o que estava fazendo e fui com tudo pra cima dela. Mas aí eu pensei, fingi que estava vulnerável e ela abaixou a guarda totalmente.

– Legal, não vai demorar muito pra Jeniffer acreditar que está interessada nela então. Qual o próximo passo?

– Não sei, ainda estou pensando. Não quero ir rápido demais, pode assusta-la.

– Ei Barb! – Alguém chama no fim do corredor, e nos viramos para encontrar Bob, um veterano do time de basquete – E aí, Flora – Ele levanta a mão para bater na nossa – É até bom encontrar com as duas.

– O que manda? – Pergunto me apoiando nos armários, deixando o fluxo de alunos passar por nós.

É engraçado ver o modo como eles nos encaram. Bob é o maior de nós, é claro, com quase dois metros de altura, mas eu e Barb também somos bem altas, é o que nos dá a vantagem no esporte. É o que os olheiros buscam, em primeiro lugar.

– Vai ter uma festa na fraternidade hoje – Bob sorri – O que acham de marcar presença?

– Eu digo que estou pronta – Bárbara pisca e então checa o relógio de pulso – Ah merda, estou atrasada – Então ela sai em disparada pelo corredor.

– Você vai, né? – Bob apoia o braço na parede ao meu lado. Ele dá em cima de mim desde que virei titular, mas não poderia ser mais em vão, e agora meio que já virou piada entre nós.

– Claro – Dou de ombros – Vai deixar alguma coisa separada pra mim?

– Apenas o melhor, Flora – Ele inclina a cabeça e sai, andando de costas – Apenas o melhor.

– Senhorita Parker – O meu professor ranzinza de Gestão de Projetos surge na porta – Vai se juntar a nós?

– Parece que não tenho escolha – Murmuro mais para mim mesma e ajeito o tablet e os livros no braços, entrando no anfiteatro, pronta para dormir pela próxima hora.

– O que elas estão fazendo aqui? – Franzo as sobrancelhas para Bruno, outro cara do time de basquete, quando vejo, do topo da escada, as colegas de time de Jeniffer passando pela porta

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– O que elas estão fazendo aqui? – Franzo as sobrancelhas para Bruno, outro cara do time de basquete, quando vejo, do topo da escada, as colegas de time de Jeniffer passando pela porta.

– Miles está comendo uma delas – Ele dá de ombros.

Aproveito minha visão privilegiada. Dou uma boa olhada para as garotas, mas por sorte, Jeniffer não está entre elas. Eu e Bruno adoramos vir para cá e comentar sobre a festa toda de tempos em tempos.

Festas de fraternidade são um horror, e podem ser resumidas em barris de cerveja, suor, garotos viciados em video-game e garotas rebaixadas a troféus. Se você não faz parte da liga universitária, precisa ficar esperando lá fora até alguém te chamar pra entrar. Geralmente fica uma fila de calouros no jardim da frente, apenas ouvindo as batidas graves da música e torcendo pra fazer parte da multidão na sala de estar.

Tudo ou nada (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora