Conhecendo a família do Yegor

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Pov. Pedro

Sai da casa do Wallison um tanto irritado com ele , pensava que aquele cara era maluco ou esquisito e desejava nunca mais ter que ir na casa dele mas quando cheguei em casa vi que havia algumas mensagens no meu celular, haviam algumas mensagens de Wallison e ele havia me mandado uma mensagem dizendo que eu havia deixado meu caderno na casa dele e havia trago o dele e eu me lembrei de ter deixado os meus livros na casa dele também.

- Droga! Pensei.

- Amanhã na escola você me devolve os meus livros e o meu caderno - digitei para ele.

- Eu devolvo - digitou Wallison e depois ele deixou de ficar online no perfil.

Eram umas 5:30 daquele 08 de Fevereiro de 2016  e eu me percebi novamente sozinho dentro daquela casa silenciosa e sem vida , até minha antiga casa parecia ter uma energia melhor e eu sentia isso.

Estava começando a anoitecer e aquela tarde um pouco fria e nublada junto com aquela casa silenciosa só aumentava minha sensação de tristeza.

Eu liguei a luz da sala e da cozinha , eu tirei frango da geladeira e o coloquei para descongelar sobre a pia e depois voltei para a sala e coloquei na tv e estava passando a novela que eu e a Thomace estávamos assistindo juntos.

Ao ver aquela novela me deu vontade de chorar ao mesmo tempo que só me vinha a cabeça os melhores momentos que eu e a Thomace havíamos passado juntos

Eu senti um vazio no peito como se o meu coração estivesse apertado e eu peguei o controle e mudei de canal , naquele momento eu só queria esquecer a Thomace , eu sentia uma mistura de saudades e raiva por ela e não estava conseguindo segurar a tentação de olhar o celular e ver as fotos que ela e eu havíamos tirado juntos , tão nostálgico, tudo parecia ser bom antes e agora tudo parecia tão ruim para mim.

Eu senti uma lágrima escorrer do meu olho e depois mais a mais lágrimas começaram a escorrer e quando eu percebi estava desabando de chorar , sentindo que tudo estava acabado para mim , enquanto chorava sozinho no sofá só desejava voltar para a minha cidade antiga , para minha casa , para os meus amigos, sair daquela cidade estranha , ir para bem longe daquele povo esquisito.

Duas semanas antes eu me sentia o cara mais feliz do mundo e agora me sentia o cara mais azarado do mundo, eu chorava tanto que minha camisa ficou molhada , eu só engoli as lágrimas quando percebi que a minha mãe não ia demorar muito para chegar , aí eu fui tomar um banho para ver se melhorava , mudei de roupa e fiquei no sofá fingindo que estava tudo bem.

Eu achei melhor esconder minha tristeza para não preocupar a minha mãe , ela já tinha poblemas demais.

Minha mãe chegou em casa as seis horas , ela parecia um pouco cansada e ela não notou que eu estava triste , eu até disse para ela que havia feito novos amigos , eu tinha deixado um frango descongelando para fritar e eu me ofereci para fritar-lo percebendo que ela estava cansada e faminta e mesmo ela gostando de fazer a comida dela ela concordou comigo.

Eu cortei o frango e o fritei enquanto ela entrou no banheiro e ligou o chuveiro.

Eu fiquei escutando a água do chuveiro cair enquanto a galinha era frita pelo óleo , no mesmo instante eu pensei novamente na Thomace e uma lágrima escorreu do meu olho direito.

Eu quase chorei novamente mas enxuguei as lágrimas quando escutei a porta do banheiro se abrir e minha mãe sair lá de dentro.

Eu terminei de fritar a galinha enquanto terminava de fazer o arroz.

Depois quando tudo estava pronto eu servi minha mãe e nós dois comemos juntos e sozinhos.

- Essa casa está tão vazia e silenciosa - disse minha mãe.

A Nova Vida de Pedro Where stories live. Discover now