默读/Silent Reading by Priest [PT. BR]- Book 5

CAPÍTULO 135 - Edmond Dantès VI

CAPÍTULO 135 - Edmond Dantès VI

Os olhos de Yin Ping estavam cheios de sangue, mas seu rosto estava branco. Seus lábios secos tremiam incessantemente e suas bochechas se contraíram de forma não natural. 

Tao Ran interrompeu repentinamente a disputa de Yin Ping com o policial civil. Seus olhos varrendo as mãos enluvadas de Yin Ping, ele perguntou: "Por que você está usando luvas em casa?" 

Yin Ping parecia estar em estado de estresse psicológico. Ao ouvir isso, ele imediatamente olhou vigilante para Tao Ran e disse rapidamente em voz baixa: "Eu os escaldei enquanto cuidava da caldeira."

Dizendo isso, como se estivesse com medo de que Tao Ran não acreditasse nele, ele cuidadosamente tirou as luvas um pouco, deixando as cicatrizes de queimadura retorcidas nas palmas das mãos nuas na frente da polícia. Então ele rapidamente retirou as mãos e abaixou a cabeça, parecendo sentir uma sensação de inferioridade sobre suas mãos horríveis. Ele disse hesitante, “De qualquer forma... ele não era bom. Não me sinto culpado.” 

Tao Ran franziu a testa levemente. Então seu olhar percorreu calmamente o apartamento miserável alugado - a família era pobre, mas a casa não carecia de energia viva. Havia um jogo completo de panelas e capas de crochê espalhadas sobre a mesa e a velha TV, clara e muito limpa. Ficou claro que a dona da casa havia esgotado todas as suas capacidades para tornar a vida um pouco melhor para sua família. 

Algumas fotos antigas estavam penduradas na parede da sala bem em frente à porta da frente. Havia fotos individuais e havia retratos de família. Todos eles estavam agrupados em torno de um certificado de estilo antigo. No certificado estava escrito: “O aluno Yin Xiaolong foi escolhido como aluno AAA no primeiro semestre da sexta série”. Em um canto havia a fotografia de um garotinho que parecia ter sete ou oito anos, segurando uma metralhadora de brinquedo, sorrindo amplamente para a câmera. Deve ter sido o próprio estudante Yin Xiaolong. 

Em um canto havia a fotografia de um garotinho que parecia ter sete ou oito anos, segurando uma metralhadora de brinquedo, sorrindo amplamente para a câmera. Deve ter sido o próprio estudante Yin Xiaolong. 

"Esse é seu filho?" Tao Ran perguntou, apontando para o certificado e a fotografia na parede.

Yin Ping não esperava que ele perguntasse isso. Ele olhou, então acenou com a cabeça estupidamente. "Sim." 

Tao Ran se aproximou e examinou o certificado do ensino fundamental. A julgar pela data em que o destinatário do certificado frequentou a sexta série, o menino Yin Xiaolong devia ter cerca de trinta anos agora. 

“Ele recebeu um certificado. As notas dele devem ter sido muito boas? 

“Não, não foram, esse é o único certificado que ele já recebeu. Não suportamos jogá-lo fora quando nos mudamos. A esposa de Yin Ping, que parecia estar apenas arrumando o cenário, falou. Vendo os olhares de todos caírem sobre ela, ela abaixou a cabeça desconfortavelmente, cutucando as frieiras em seus dedos. 

“Ele se chama Yin Xiaolong, entendo? Ele é casado?" Tao Ran perguntou distraidamente. "O que ele faz agora?" 

“Oh, ele não tem uma namorada ainda. Seu histórico educacional é ruim, não temos recursos e ele é desajeitado e fala mal. As meninas não gostam dele,” a mulher disse calmamente. “Ele trabalha em uma loja 4S fazendo trabalhos manuais…” 

“Ele estava apenas sendo educado,” Yin Ping a interrompeu rudemente, “por que você está falando tanto?” 

A mulher se encolheu e vacilou, sem ousar falar. 

Tao Ran sorriu para ela. Quando ele sorria, era como uma brisa purificadora de primavera passando por você, trazendo seu próprio suprimento infinito de acessibilidade. “E que trabalho você faz?”