Sobre Semideuses e Pais

Sobre modelos bonitas e deusas disfarçadas

Avisinho: Finalmente consegui concluir mais um capítulo novo para essa estória. Tive um tempinho reserva por causa das férias, mas saibam que essa estória vai ficar ainda um tempinho com um aviso de Hiatos porque minhas aulas voltam amanhã (Oh, tristeza! 😭) e eu só fui lembrar de fazer esse capítulo há pouco tempo atrás, quando tive uma inspiração. O capítulo foi escrito com pressa então o final ficou meio vago, mas dá para entender.

Eu sei que disse que iria estava em dúvida entre fazer um capítulo sobre Ares e Clarisse ou sobre Hefesto e Léo criança, mas aí eu comecei o de Clarisse e a inspiração simplesmente não veio ou fugiu de mim e foi a mesma coisa com o de Léo, e acabei conseguindo fazer um da Piper e resolvi já publicar logo de uma vez e me livrar!

Ah, isenção de responsabilidade (da qual a eu sempre esqueço de botar. Desculpa por todos os parênteses, pois infelizmente tenho muito a dizer e suspeito que posso ter TDAH, mas ainda não confirmei nada no médico.), O riondaverse infelizmente não me pertence, se pertencesse Silena Beauregard, Charles Beckendorf, Zoe Nightshade e Luke Castellano teriam um retorno triunfal.

Enfim, tenham uma boa leitura! 😃

Piper McLean odiava os eventos beneficentes feitos pelos amigos do seu pai.

Ela não odiava o projeto em si, a ideia de ajudar os mais necessitados era maravilhosa e muito apoiada pela garota. Porém, os amigos de seu pai, especialmente Florence Wins, eram do tipo que pareciam não compreender a importância da coisa toda. Ela não tinha nada contra eles, até mesmo achava engraçado com o quão parecido o nome de Florence soava com aquela fadas das Winx, Flora. O seu sobrenome ter uma entonação parecida com Winx não ajudava em nada.

Os amigos ricos do seu pai eram até legais, mas muito pomposos e egocêntricos, como se esperassem que sempre houvesse uma câmera apontada na direção deles, captando todas as estimadíssimas palavras de grande intelecto e importância vital para a funcionalidade do mundo dos seus inúmeros fãs.

Pegaram o sarcasmo, não pegaram?

Enfim, os amigos ricos de seu pai não sabiam dar uma festa beneficente que fosse realmente voltada para as necessidades dos outros além de si mesmo, e só davam tais festas sociais a fim de melhorarem seus status com o povo. Seus fãs e mídia adoravam seus projetos sociais, e as revistas dos famosos piravam falando elogios e mais elogios, como se eles fossem as pessoas importantes do mundo por estarem tão preocupados com os outros.

Acontece que tudo não passava de um circo arquitetado que seu pai insistia em ir e arrastá-la para ir também.

Em momentos como este, ela desejava não ser a filha do estimado ator Tristan McLean. Preferia ser somente a filha de Tristan McLean, um Cherokee em meio a tantos. Raios, ela preferia ir para a escolar e enfrentar a Professora Harriet que tanto pegava no pé dela, do que estar em uma situação como essa.

Aparentemente, Florence decidiu que seria uma boa que a principal atração do evento fosse um desfile de moda com alguns designs novos e exclusivos de sua famosa franquia de roupas. E, novamente, aparentemente uma das modelos infantis pegou uma terrível gripe e as outras modelos seriam muito sobrecarregadas se tentassem tomar o lugar. Então, veio da cabeça o pensamento genial na cabeça de Flora Winx:

Ei, Tristan! Sua filha é linda, por que ela não desfila no lugar da minha modelo?!

Então, agora, indo contra tudo que acredita e gosta, Piper McLean estava oficialmente fora de sua zona de conforto, em meio a um camarim cercada de garotas egocêntricas que não paravam de gritar que queriam mais maquiagem e discutir sobre penteados de cabelo.

— É impressão, ou você não parece estar muito feliz por estar aqui? — perguntou uma das modelos adultas, sentada ao lado de Piper sem a olhar realmente enquanto ajeitava os cachos loiros de seu cabelo.

Piper a olhou somente de canto, não queria papo com mais uma das Barbies cor de rosa do lugar, mas, embora pareça com as outras bonecas do camarim, aquela moça parecia a menos agitada e com menos pretensão a jogar fortemente uma escova de cabelo na sua cara durante uma briga histérica sem sentido.

Dando de ombros, Piper suspirou.

— Não gosto muito desse tipo de coisa. Maquiagem, vestidos, gritinhos histéricos por qualquer bobagem que um cantor fez. — responderá ela, com toda a sua sinceridade de uma garotinha de oito anos. — Posso ser filha de um ator e viver nesse meio, mas não significa que isso é exatamente a minha área de conforto.

A mulher pareceu assentir, e então se virou para o lado, finalmente deixando seu olhar do espelho e o concentrando em Piper. E, céus! Aquela talvez fosse a mulher mais bonita, ou melhor, linda que a garota já vira. Os cabelos loiros claros pareciam ter sido modelados pelas tercelãs dos tempos antigos mais habilidosas, os seus lábios eram vermelhos e carnudos, e sua pele em um moreno claro, mas o mais impressionante de tudo eram seus olhos.

Eram azuis em tom profundo e davam a impressão de que haviam pequenos raios caindo ao fundo, apenas para logo depois se tornarem castanhos com belas labaredas de fogo queimando ao fundo. 

Ela tinha olhos caleidoscópios também?

— Compreendo o que você quer dizer. — a mulher assentiu, pensativa. — Alguns anos atrás eu também não gostava muito dessas coisas. Achava bobagem e que a beleza vinha do interior. Mas hoje em dia, graças minha bipolaridade, ainda acho que a beleza vem do interior, mas não faria nada mal se arrumar e jogar na cara de alguma idiota que debochou de você por aí que é mais bela.

Piper riu fraco.

— Eu entendo isso, mas ainda não gosto de maquiagem ou vestidos, e ninguém vai me fazer mudar de opinião. — concluiu a garota, dando de ombros mais uma vez e ouviu a mais velha rir.

— Garota de fortes convicções. Posso ver que você terá sucesso na vida Piper McLean, e vou assegurar que você encontre aqueles para quem está destinada. Não se preocupe, não pretendo te dar um final tão trágico quando o de Aquiles e Patroclos.

Piper não entendeu exatamente o que a mais velha quis dizer, mas acabou por dar de ombros novamente, afinal, era uma criança e tinha plena consciência que nem sempre entenderia as coisas estranhas que os adultos falam.

A estranha sorriu e estendeu sua mão.

— Sei onde eles botaram as roupas da modelo que faltou. Vamos, vou te ajudar a se vestir e fazer um penteado lindo nesse seu cabelo. As incompetentes contratadas por Florence estão a exatos vinte minutos atrasadas e o desfile já vai começar, com nem ao menos cinco modelos arrumadas e maquiadas. Simplesmente um ultraje! — lamentou a mulher, estendendo a mão para a – filha – garota aleatória.