Capítulo 26

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J U N G K O O K

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J U N G K O O K

É difícil tentar expressar tudo o que sinto por Jimin, contudo posso resumir muita coisa em gratidão. Gratidão por tudo o que ele fez por mim e por nós ao longo de todos esses 4 anos que vivemos juntos.

Sempre tive em meu íntimo um medo imenso de me aproximar e de me apegar a alguém; meus romances sempre foram de uma noite e sem laço algum envolvido. Para o meu coração, eram definitivamente inexistentes a palavra e o sentimento “amor” depois que perdi o meu porto seguro e a minha mãe foi embora. Mais que isso: era definitivamente inviável amar alguém de novo e precisar repetir o mesmo processo de dor da perda.

Por isso não tinha amigos.

Por isso não costumava beijar a mesma pessoa duas vezes.

Tornei-me fechado, recluso e introspectivo, por muitas vezes rude, e costumava afastar quem queria se aproximar. E sempre deu certo; e sempre consegui afastar.

Ao menos até Jimin chegar.

Mesmo diante de tudo, ele não se distanciou, não foi embora e não me deixou sozinho. Ele se aproximou, ficou e me acolheu.

Tentei lutar contra isso; contra o desejo de tê-lo por perto e de abraçar seu corpo pequeno. Tentei me privar de sua boca doce, de suas mãos carinhosas, de seu cuidado, de seu perfume e de seu olhar sempre tão gentil. Tentei, mesmo. Mas, quando percebi, estava o beijando com devoção, dormindo em sua cama, levando-o para jantar fora, contando-lhe sobre a minha vida, as minhas dores, os meus machucados e ouvindo sobre a sua vida, as suas dores, os seus machucados.

Ele sempre me ouviu, aconselhou, ajudou e sarou. Ele nunca mediu esforços para me ver sorrir. Ele me entendeu, conheceu de verdade, viu minha alma ferida, tirou minha máscara e não se assustou.

Ele me amou.

Amou-me por todos os dias desses 4 anos. Amou-me na minha pior e melhor fase. Amou-me nas noites que tive crises de pânico, de choro e de ansiedade. Amou-me quando me viu caído e fez questão de me levantar. Amou-me sem medidas, da maneira mais linda e pura que existe, de uma forma que nunca pensei ser amado.

Sobretudo, Jimin me ensinou como amar novamente.

Ensinou-me que o amor não deve doer. Ensinou-me que não é porque experiências ruins aconteceram que as boas deixarão de vir. Ensinou-me que uma perda nunca deixará de ser uma perda, mas que ela não deve privar um novo ganho.

Não sei como me amou tanto. Não sei como não me deixou quando falava que me amava e esperava um “Eu te amo também” em resposta. Uma resposta que demorou muito tempo para chegar por um bloqueio emocional imenso da minha parte.

As pessoas perguntaram durante todo esse tempo o que éramos, o que somos, e eu nunca soube o que dizer. Eu nunca quis rotular a nossa relação, por mais duradoura que seja; por mais que eu seja leal a si e ele a mim. Nunca quis nos colocar em uma caixinha porque sempre nos achei maior do que qualquer nomenclatura.

Do Preto Ao Roxo ▪︎ JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora