Capítulo 15

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J U N G K O O K


No instante em que Jimin me chama para irmos ao segundo andar, a adrenalina pulsa em minhas veias. O jeito que me olha tão obediente e tão profano com as lentes vermelhas me queima de fora para dentro e de dentro para fora.

Não sei porque me permiti beijá-lo daquele jeito na Home. Não sei onde estava com a cabeça: só me lembro dela em seu pescoço, cheirando, mordendo e sentindo seu perfume de flores de laranjeira. Não deveria ter experimentado de seu mel porque, agora, tendo-o totalmente entregue a mim, meu corpo grita que o quer mais e mais; grita que preciso sanar a minha abstinência de si.

Passei 17 dias longe tentando me entender e controlar. Passei a porra dos 17 dias fumando, bebendo, pensando e o querendo. Quis ainda mais quando Jackson, o cara intrometido, mandou-me várias mensagens me chamando para o aniversário do melhor amigo de Jimin. Ignorei-o por dias, como de costume, mas hoje de manhã, assim que abri o nosso chat e vi o convite, pensei em como seria chegar aqui e falar com o loiro. Pensei se ia querer me ouvir, se ia querer ver minha cara de babaca do caralho e se ia querer findar o que não havia sido findado.

Quando me dei conta, estava no carro de Jackson, vestindo uma fantasia parecida com a sua. Quando me dei conta, estava observando Jimin dançar, beber e beijar Taehyung. Quando me dei conta, estava indo ao banheiro atrás de si com passos largos. Quando me dei conta, estava sendo possessivo consigo por me sentir impaciente diante das atitudes de seu amigo.

Tendo seus lábios inchados e borrados diante de mim, não dou uma foda se nunca mais voltarei à minha cafeteria favorita. Minha consciência apenas implora pela sua língua percorrendo a minha e as minhas mãos passeando por seu corpo bem feito.

Dessa forma, aceito prontamente seu pedido de subirmos. Deixando-o ir em minha frente, puxando minha mão, concentro-me no pensamento de que não existirá uma terceira vez entre nós. Encarando suas costas pequenas e expostas demais sob a camisa de renda conforme subimos as escadas, convenço-me de que, com ele, também vou apenas foder e sumir.

— Acho que aqui está bom… — Desfoco o olhar de suas asas negras quando sua voz suave vem a mim.

Presto atenção onde estamos. No segundo andar, há um outro salão de festas. É pouco iluminado porque, como o aniversário ocorre lá embaixo, aqui não tem muita importância. Ainda assim, algumas poucas pessoas estão marcando presença também. Taehyung provavelmente alugou o prédio inteiro, por mais que fosse usar só o salão principal.

Noto que este ambiente mais reservado é praticamente ocupado por quem quer fumar, conversar ou beijar com mais privacidade.

Jimin nos trouxe para o fundo do salão e virou um corredor à esquerda, que dá acesso a uma porta fechada, talvez da cozinha. É estreito e está completamente vazio. A música alta embaixo de nós não nos chega mais com tanta potência, bem como a iluminação é precária. Ainda vejo tudo muito bem, no entanto.

Do Preto Ao Roxo ▪︎ JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora