CAPÍTULO XLV

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Já haviam passado quase uma semana desde que levei um tiro

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Já haviam passado quase uma semana desde que levei um tiro. O lugar da bala ainda doía e os pontos ainda estavam lá. Mas aos poucos fui conseguindo voltar a fazer algumas coisas.

Treinava tiro com o Albert todos os dias pela manhã e a tarde ensinávamos a Duda, com tiro e defesa pessoal.

Ela era boa, aprenderá tudo muito rápido e se divertia com tudo.

Claro, que não perdia a chance de me provocar.

E a noite, aproveitávamos a companhia um do outro e sempre acabávamos transando no tapete, em frente a lareira. Claro que, não era tão intenso quanto antes, por conta da cicatrização do ferimento. Precisávamos ter um pouco mais de cuidado para não abrir a sutura.

Ela dizia que a lareira fazia ela recordar dos dias no chalé.

Que nesses dias escuros, eram essas lembranças que a faziam manter a sanidade intacta e a esperança de que isso logo acabaria.

Tínhamos um código nosso, toda vez que alguém entrava no chalé, depois de ter saído por algum tempo.

— Delta entrando. — Albert falou, passando pela porta da frente.

Usávamos o alfa, ômega ou delta, não tínhamos um codinome para cada um, mas tínhamos que falar uma das três palavras toda vez que entravamos pela porta.

Uma vez saí para pegar lenha para a lareira e quando entrei, me esqueci de usar a palavra e acabei com duas pistolas apontadas para a minha cabeça.

Juro, que naquela hora, senti a alma sair do corpo.

Então, era obrigatório usar.

Albert tinha ido caminhar um pouco e dar uma averiguada no local. Vistoria de rotina, ele sempre fazia isso, todos os dias, sem falta como um relógio.
Estávamos na cozinha, preparando o almoço quando ele entrou. Por mais que a Duda tentasse manter a calma e tranquilidade, eu via a forma que seus ombros ficavam tensos toda vez que a gente saia, ou que um de nós entravamos.

Era como se ela sempre esperasse o pior acontecer.
Não podia culpá-la. Era o seu instinto de proteção cuidando dela.

Havia acordado naquela manhã com um pressentimento ruim, uma angústia que não ia embora e por mais que eu tentasse afastar os pensamentos ruins, eles continuavam voltando para a minha cabeça.

Era como se algo não estivesse certo e meu corpo tentasse me avisar.

Tentei afastar esses pensamentos e me esforcei para distrair a cabeça o resto do dia. Fizemos as aulas de tiro, almoçamos, dormimos um pouco a tarde e eu fui acordado com um anjo maravilhoso em cima de mim, me provocando e implorando para que eu a dominasse.

Como um bom noivo, realizei seus desejos, o que lhe rendeu umas boas marcas na bunda dos tapas. Nos pulsos e tornozelos também, devido às amarras e alguns chupões pelo corpo.

Cicatrizes e Demônios  |  Livro 2 [SEM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora