capítulo 2: She's died

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• 1 dia após o ocorrido.

-> Sinto um raio de sol batendo em meus olhos, ao abrir devagar, percebo que já estava de manhã. Raphael estava me encarando enquanto dormia, confesso ter me assustado. Não estou acostumada em ser vigiada por alguém que parece está obcecado por mim.

"Os policiais alegam que possivelmente todos os jovens estavam a uso de bebidas alcoólicas. Não se sabe bem sobre o caso da garota encontrada na floresta. "

Ouço da televisão, mesmo sem enxergar televisão alguma,  o que estava acontecendo comigo? Minha cabeça parecia que iria explodir...

— De onde é esse barulho... o barulho de televisão? -perguntei me levantando da cama e olhando para o homem que estava me encarando.

— Acredito que seus sentidos estejam se adaptando... e respondendo a sua pergunta, o barulho não vem daqui. Isso significa que consegue ouvir barulhos ainda que estiver longe, basta se concentrar. Acredito que esteja com fome, venha... -ele me puxa pelo braço, me puxando até o outro cômodo.

Permaneço calada e logo ele me solta, assim que chegamos na sala de jantar. O lugar realmente era lindo, a maioria das coisas eram de vidro.

— Se alimente... depois irei te levar para caçar, precisa beber sangue antes que morra. -informa Raphael, colocando meu cabelo para Trás.

Permaneço calada e apenas assinto com a cabeça. Começo a comer algumas frutas que estavam em cima da mesa. Quando termino de comer, me levanto da mesa e sigo com o homem até a saída de casa. Assim que ele abre a porta, o sol queima meus olhos, a sensação era horrível.

— Evite olhar para o sol, seu corpo ainda está se adaptando. -ele segura em minha mão esquerda e me guia até um certo lugar.

A casa ficava no meio de uma floresta, não era difícil ter animais por perto. Ao entrarmos na floresta, ele permanece quieto. Acredito que ele esteja concentrado nos sons dos animais, nos passos e nas respirações.

Tento usar minha habilidade de audição, mas era impossível. Por mais que eu tentasse...

— Consegue ouvir algo? -perguntou.

— Não ouço nada.

— Se concentre! -ordenou me colocando contra uma árvore, com seus punhos em cima de minha cabeça.

Tento me concentrar o suficiente, mas era algo impossível. Além de eu estar morrendo de fome, eu precisava de sangue...

— Fique quieta, estou ouvindo passos... - ele suspira, tentando decifrar enquanto olhando ao nosso redor.

O mais alto coloca seu indicador na frente de seus lábios, indicando que eu ficasse calada. Apenas obedeci, tentando fazer o menos movimentos possíveis.

Logo uma neblina surge, não consigo enxergar nada. Apenas vejo o loiro ficando em minha frente e segurando meu pulso firmemente. Vejo uma mulher loira, de pele clara. A mesma parecia furiosa, ela estava bem em nossa frente. Sinto raphael segurando meu pulso mais forte... ele estava me protegendo?!

— Victoria... -murmurou o loiro

— Raphael, vejo que está com alguém. -a mulher de cabelos loiros, tenta me cheirar ainda de longe. — Está se transformando...

— Fique longe, porra! -disse Raphael, se irritando com a loira.

— Não se preocupe, não vou fazer o mesmo que fiz com ... como era mesmo o nome dela? -provocou.

Consigo ouvir o coração de Raphael se acelerando, ele estava irrirado. Eu não sabia como eu conseguia ouvir seus batimentos... ao olhar para seu pescoço, vejo o suor escorrendo.

— Saia saqui! Nunca mais apareça, se aparecer vai ter guerra. -Raphael se irritou, jogando uma adaga na mulher, mas antes que a alcançasse, a mulher some rapidannete como um vento.

Evito puxar qualquer tipo de assunto, quando finamente chegamos em casa ele solta meu braço, assim eu sinto um alívio. Olho para meu pulso e vejo a marca vermelha, mas apenas ignoro para não irrita-ló

— Preciso que você aprenda a se defender. Começamos depois.

Sigo até o meu quarto e observo o local, passo meus dedos poe cada canto e vejo uma estante de livros. Decido pegar um deles que parecia um diário. Assim que pego, me sento na cama e o abro.

"Dezembro de 2008.

Estou amaldiçoado, mal consigo respirar. Me sinto fraco, estou com fome e é uma fome que não consigo me controlar... sinto vontade de fazer as piores atrocidades que já pensei. Sinto desejo de sangue, sangue humano. Sinto prazer em matar.

Ganhei algumas habilidades, consigo ouvir barulhos ainda que eu esteja longe, isso é tudo que descobri...

Os demônios me amaldiçoaram e levaram todos que eu amava. Perdi ..."

Não consigo ler o restante, pois a página estava rasgada. Ao virar para a próxima página, ouço passos, acredito que seja de Raphael. Fecho o diario imediatamente e logo uma foto cai do mesmo. Era uma mulher, a mesma mulher da floresta. Não tenho tempo de observar-la, então enfio a foto no bolso e escondo o diario embaixo da cama.

Raphael abre a porta do quarto e me olha tentando farejar algo, é como se ele soubesse do que eu havia feito...

— Que cheiro é esse de sangue? Está no seu período? Melhor ir tomar um banho... seja rápida. Tem roupas no seu guarda-roupa.

Assim que o mais alto termina a frase, Ele se retira do quarto. Vou Até o banheiro e retiro minhas roupas, entro na banheira quente e suspiro, sentindo o calor da água aquecer meu corpo. Logo percebo que havia um machucado em meu dedo, eu nem percebi quando me cortei.

[...] haviam se passado alguns minutos, finamente termino o banho e... porra! Esqueci da toalha.

Saio do banheiro, abrindo a porta e vejo Raphael na porta do banheiro, tono um breve susto. Ele estava encostado com uma toalha na mão enquanto encarava um livro.

— Eu esqueci de trazer antes... pegue. -ele diz evitando de olhar para meu corpo.

— Obrigada... -seguro a toalha e coloco em volta do meu corpo.

Quando volto para o quarto, O mais alto já tinha se retirado. Vou Até o guarda roupa e procuro por uma roupa. Aquele quarto chegava a ser estranho, Raphael tinha uma certa obsessão pela era medieval.

Coloco uma roupa qualquer, porém confortável. Eu não ligava de estar arrumada, mas ligava da roupa ficar confortável em meu corpo. Passo um perfume que estava em cima de uma cômoda e desço as escadas.

Raphael aparece em minha frente, me dando um susto no qual fez eu ir a um passo para Trás.

— Deveria parar de me assustar! -digo saindo de sua frente.

— Não é minha intensão. Você tem que se acostumar. Melhor eu te ensinar logo...

Ele segue até um campo que ficava atrás de sua casa, era totalmente vazio, sem movimento algum; isso era meio óbvio ja que ficava atrás de uma casa no meio da floresta.

— Me mostre o que sabe sobre combate corpo a corpo. -ordena olhando fixamente em meus olhos.

Corro atrás do homem e tento lhe dar um soco, mas ele se vira e segura firmemente em meu pulso. Ele era muito mais forte do que eu. Sinto nossas respirações se colidirem, estávamos perto o suficiente um do outro, tão perto que sinto sua fragrância. Seu cheiro é forte, parece como menta. Olho para seus olhos que eram azuis de cor escura, eles olhavam fixamente nos meus, fazenso surgir um reflexo de meu rosto.

Ele solta meu braço e suspira baixo, me olhando.

— Nunca ataque por trás, lembre- se que posso ouvir seus passos. Tente ser silenciosa. -ele diz, colocando a mão em minha cintura e ajeitando minha postura. — Tente ficar em uma postura reta, é melhor para o seu corpo.

Não era possível que eu me sentia atraída por um cara que praticante poderia me matar a todo momento. Eu deveria estar enlouquecendo.

𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝𝐲 𝐊𝐢𝐬𝐬𝐞𝐬 | 𝑫𝒂𝒓𝒌 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆Where stories live. Discover now