Realidade Dominante (A Lenda de Korra) | Korrasami

Entrementes ☯ Medidas Drásticas

música do capítulo: pompeii - bastille

Não sei por quanto tempo fiquei gritando seu nome, olhando para as labaredas que subiam sem parar como senão houvesse limite no céu que as parassem. Pouco me importei ou sequer lembrei dos egonianos ainda vivos ao nosso redor, mas felizmente elas lembravam e se puserem entre eles, eu e Korra. A única coisa que eu consigo focar agora é nela e nesse túnel de fogo impenetrável.

-Conseguem senti-la? – Tenzin se virou para Kuvira e Lin. As duas bateram os pés no chão, focando no sentido sísmico. Elas negaram.

-Não, ela não está no chão. – Kuvira informou. – Pode estar usando a dominação para se manter no ar.

-Como ela se manteria no ar senão tem ar dentro disso?! – Exclamei irritada para ela, me virando para os dois mais velhos, ignorando-a completamente. – Precisamos pensar em algo!

-O que aconteceu?- Ava surgiu correndo junto com as outras e Rachel, provavelmente ela deva ter pego todas uma a uma e trazido para cá com o buraco negro. – Onde está... – Então ela parou e viu Kara, Adora, mas olhando para os lados, não a encontrou. – Korra?

Apontei para o canal de fogo.

-É por isso que pedi para que viessem. – Falei e ela assentiu tentando disfarçar a surpresa e preocupação com o que mostrei. – Precisamos de ajuda para tirá-la de lá.

Ava alisou as mãos, olhando fixo para um ponto para depois respirar fundo. Ela olhou para o céu, mexendo a perna sem parar, impaciente, depois se virou para nós, mas não falou nada. Seus olhos pareciam tremer.

-Talvez eu possa manipular o fogo. – Leona informou. – Nunca fiz isso, mas ele é criação do sol. Certo?

-Na verdade não. – Diana negou, ao seu lado. As duas estavam com as armaduras típicas dos soldados de Zaofu, só que elas estavam amassadas e sujas de lama e o que eu aposto muito ser sangue. – Labaredas podem surgir da temperatura do sol, mas você não controla a temperatura, nem o fogo. Você controla o sol. – Olhei para Tenzin e Lin, medo deles começarem a fazer perguntas que não poderíamos responder. Leona pareceu incomodada com a resposta da namorada, já que fez uma careta e se virou a ela. – Talvez você possa afastar o sol para que não piora o calor vindo do fogo.

-É uma boa ideia. – Concordei, ponderando.

-Está falando isso para que tenha mais poder com a saída do sol. – Leona acusou e Diana estreitou os olhos. Nitidamente ela assumiu uma postura defensiva: braços cruzados, olhar frio, sem expressão, costas eretas. A ruiva percebeu, abrindo e fechando a boca várias vezes, olhando-a com pesar. – Di... Me-me desculpe, eu não...