Sempre quando pensamos que as coisas estão se ajeitando, ou já estão resolvidas, nesse momento é quando acontece algo que não estávamos preparadas.
Eu não contei a ninguém, mas ao namorar com Korra, assinei uma cláusula invisível que dizia: 'serás i...
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-Olá, me chamo Kara. E você? – Arregalei os olhos e cocei a testa desviando o olhar, tentando disfarçar.
-Hum, interessante. Me chamo Kuvira. – Levantei o rosto e elas afastaram as mãos.
-Essas são Lena, Adora, Catra, Leona, Diana, Rachel e Ava. – Kara apresentou rapidamente, a maioria só assentiu ou acenou, sem muito entusiasmo. Supergirl nos encarou, mais demoradamente eu, depois voltou a olhá-la. – Pelos ânimos da sala, você não é tão bem vinda assim.
-Com certeza. – Sussurrei e Kara me olhou, analisando. Não a encarei de volta, meus olhos estavam cravados em Kuvira. Me virei para Su e Lin. – Podem explicar o plano agora? Detalhadamente.
Su suspirou e se aproximou do outro lado, já que Korra ainda estava em pé comigo. A encarei, nada satisfeita com a situação. Tudo parece estar dando errado!
-Querida, eu sei que não gosta dela, creio que ninguém aqui goste, mas temos que pensar nas nações, ok? – Eu adoro Suyin, mas odeio quando ela faz nós sentirmos como se fossemos crianças recebendo medidas da mãe. A encarei e assenti de leve. – Ótimo. Eu mesma pedi para Kuvira vir, eu a trouxe e eu me responsabilizarei por ela. – Sorriu olhando fundo em meus olhos. – Melhor?
-Melhor. – Olhei dela para Korra, que permanecia quieta e inabalável.
-Precisamos conversar. – Ela finalmente falou, mas para Lin. – Quanto tempo temos?
-Nenhum. – A Chief cruzou os braços, mas dada a troca de olhares entre as duas ela revirou os olhos, coçando a testa. – Vá logo. Te dou trinta minutos, no máximo. Iremos partir com ou sem vocês!
Korra assentiu e se virou para Mako e Bolin, assentindo, os chamando com o olhar e pegou minha mão, depois se virou para elas e rumou para porta.
-Vamos. – Chamou nosso grupo e passou por Kuvira sem se virar, mas como eu vinha atrás, eu vi o olhar da ditadora para minha namorada e depois para mim.
-Olá, Asami. – Sua expressão indecifrável.
Não respondi nada, apenas passei seguindo Korra, vendo todo o grupo fazer o mesmo.
Enquanto era guiada, tentei afastar as memórias que envolviam Kuvira da minha mente.
Mesmo com sua redenção enfrentando o Comandante Guan, antigo fiel seguidor dela... Mesmo nos ajudando nas estratégias e defesas. Mesmo sendo útil, voltando a ser útil nas batalhas passadas, eu não consigo ficar sem opiniões tendenciosas. Kuvira é instável, maníaca, fria e indisponível. Ela só quer saber dela, com ela mesma e com as coisas que importam a ela. Se a envolvermos nisso tudo, quem garante que está fazendo por causa de si ou por todas as Nações.
Trombei com o corpo de Korra quando parou abruptamente.
-Entrem aqui, agora. – Ela abriu uma porta e entramos uma atrás da outra. Olhei ao redor: um dormitório. Korra fechou a porta. – Precisamos de um plano para vocês não se exporem para meu time. – Os dedos nervosos, olhar inquieto... Korra está nervosa. Cruzei os braços, ouvindo. – Preciso que não usem seus poderes, não de forma visível pelo menos.
