Capitulo 2 - O Que Diabos tem de Errado Com Scaban?

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- Ótimo! Traga para mim, e você poderá voltar para sua casa e viver com sua família, caso contrário...Scaban ficará feliz em recebê-la, para sempre. - pela primeira vez ele não estava sorrindo, o que foi muito pior do que suas risadas irônicas e comentários maldosos, ele estava tentando me colocar medo, e estava funcionando. Eu estava com medo do que aconteceria com minha família, e comigo também! E sabia que dessa vez, ele cumpriria o que estava prometendo. O homem se levantou da cama e caminhou até a janela, se apoiando no batente e brincando com uma pedra que estava solta. Percebi que ele já tinha acabado de falar, então resolvi perguntar, antes que a conversa se desse por encerrada e eu não esclarecesse nenhuma dúvida.

- Por onde devo começar?

- Comece por Aggy, talvez lá você encontre respostas. - falhei, mais dúvidas apareciam, nada fazia sentido, e aquele maldito ser feio não fazia questão de esclarecer nada. Como eu deveria saber o que diabos é Aggy?

- O que é Aggy? Céus! Por que não pode dizer nada que faça sentido? - perguntei, gesticulando.

- Com o tempo você entenderá, Hayley...confio em você. - disse, sem nem ao menos me encarar.

- E por que eu? - perguntei, lamentando, e logo me arrependi. Porém não consegui segurar essa dúvida por muito tempo, ela não era como as outras que eu poderia esclarecer (e assim esperava) com o tempo, ela me corroía por dentro desde a primeira vez que vi aquele ser pequeno. Por que ele havia proposto tudo isso para mim? Por que não achar o rubi sozinho? Por que eu?

- Porque você é bonita. - disse, finalmente, e eu percebi que estava rindo. Não tive tempo de retrucar, logo após terminar aquela frase sarcástica, o maldito que havia bagunçado a minha vida desapareceu bem na frente dos meus olhos.

Mesmo após ter certeza que ele havia sumido, ainda procurei por vestígios de sua passagem pelo quarto, e infelizmente, não encontrei. Era como se ele nem tivesse passado por lá...admito que por um segundo duvidei da minha sanidade. Percebi que havia uma imensa cortina dourada, que cobria toda a parede, do lado oposto da cama, o que será que tem ali? Perguntei a mim mesma, tocando na cortina e a puxando levemente para o lado.

Ouvi um estalo forte e logo em seguida senti todo o tecido ir ao chão. Eu derrubei toda a cortina. O mais leve toque fez a barra que segurava todo o tecido, saísse da parede e caísse no chão, formando um onda dourada bem aos meus pés. Por sorte a queda de toda a estrutura não fez barulho ao cair, por sorte o tecido tinha abafado o alto estrondo que com certeza aquilo tudo faria, ao encarar a gravidade...

Agradeci mentalmente e me abaixei, para tentar levantar a cortina mais uma vez. Impossível. Era pesada demais. Bufei. Se eu pudesse pelo menos dobrá-la...inventei diversas possíveis formas de esconder aquela cortina, até que um brilho me chamou a atenção. Os raios solares eram refletidos por algo bem em cima de mim.

Paralisei ao ver alguma coisa na parede que antes não estava lá. A cortina escondia um quadro, que cobria quase toda a parede, antes coberta pela cortina. Me assustei com o tamanho da imagem, dando um passo para trás.

Não era uma pintura muito realista, porém com muitos sentimentos envolvidos. Deduzi isso pelo pequeno martelo, que parecia estar sangrando, representado no canto esquerdo da figura. Voltei meu olhar para o que estava desenhado ao lado do martelo e pude reparar que havia pequenas casinhas no topo de uma montanha marrom, todas elas pintadas de laranja. Foquei meu olhar para outro canto da pintura e pude perceber que eram desenhos de pessoas, pessoas com pequenos ramos na cabeça, encarando outras, jogadas ao chão. Julguei que as jogadas ao chão estavam mortas, pois apesar da pequena qualidade dos desenhos, podia ver manchas vermelhas estampadas por todo o quadro, que deduzi ser sangue. Bem acima das pessoas caídas era possível ver uma chama bem vermelha, camuflada por pequenos pontos amarelos, que pareciam pequenos vaga-lumes. Da chama vermelha, parecia surgir uma pessoa grande, que ocupava quase o quadro inteiro, marcada no pescoço por um martelo laranja. Por fim, pude perceber uma frase escrita bem no meio da chama. Não consegui ler o que estava escrito do meu lugar, então cheguei mais perto do quadro.

Scaban [Completo]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora