𖣠 𝐄𝐍𝐈𝐆𝐌𝐀𝐓𝐈𝐂 ⋆¸
↬ Izana × Leitora ⊹
↝𝐂𝐨𝐫𝐫𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐮𝐚 𝐀𝐔
▸ Seu primo, Kakucho Hitto, que você não ver há muito tempo, convidou você para apoiá-lo no maior evento de corrida de rua, em Tóquio. Ele lhe falou que fazia parte da...
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Naquela noite, você vasculhou a grande pilha de correspondência fechada que o Sr. Ryu recuperou para você. Folheando os pequenos anúncios e as contas não pagas, você notou que havia várias cartas da Casa de Detenção de Tóquio, datadas de Maio. Havia cinco cartas, cada uma correspondendo a quantos meses que o Kurokawa estava na prisão.
A carta mais antiga tremia em suas mãos enquanto uma expressão de mau presságio repousava em seu rosto. Você estava muito feliz, mas apreensiva; não tendo certeza se você estava preparada para o que continha dentro dos pequenos envelopes brancos.
Rasgando a lateral, você retirou cuidadosamente o papel branco dobrado com a mão esquerda enquanto as pontas dos dedos roçavam a borda. Abrindo a carta dobrada em três, você lê o seguinte:
25 de Maio Casa de Detenção de Tóquio Presidiário n° 1099
Minha querida,
Eu sinto muito.
Sinto muito por ter feito você passar por isso. Sinto sua falta cada vez mais com o passar dos dias. Nem consigo imaginar quanta dor sei que você está sentindo. Não sei como consigo viver comigo mesmo sabendo que deixei você lá fora sozinha.
Eu sou grato por você ter Emma ao seu lado. Por favor, fiquem juntas, pois tenho certeza que ela está sofrendo tanto quanto. Aconselhei Draken a também enviar uma carta para ela.
Meu amor, você não sabe o quanto você significa para mim. Você é a única luz em minha vida, mantendo-me sã no abismo escuro da minha mente.
Eu te amo muito, por favor, lembre-se de se cuidar.
Atenciosamente, Zana
O guarda empurrou Izana para baixo no banco do barbeiro, a sola de seus sapatos batendo contra o chão de concreto frio. Ele chutou o homem que o segurava com a perna direita, ganhando um forte tapa no rosto de outro guarda por seu comportamento agressivo. Enquanto Izana lançava um grunhido hesitante, o mesmo guarda agarrou suas bochechas e virou sua cabeça com força para encarar sentado o espelho na frente dele.
O barbeiro da prisão ligou o barbeador elétrico e começou a partir da nuca, raspando a cabeça. Mechas de seus cabelos Platinado caíam sobre seus ombros, seu corpo inteiro contido por vários homens em uniformes da polícia. Ele não conseguia nem se olhar no espelho - doía-lhe ver-se despojado de sua dignidade, seu corpo profanado e humilhado pelos guardas da prisão que o seguravam.
Quando a navalha roçou o último ponto em sua cabeça, o cabelo de Izana, que ele manteve intacto e bem cuidado por todos esses anos, agora reduzido a um corte de cabelo opaco e vazio. Isso fez a tatuagem de dragão em seu pescoço se destacar mais, a tinta escura e intrincada contrastando bem com sua pele.
Izana não conseguia reconhecer a pessoa que via no espelho. Com o olho esquerdo inchado e um hematoma proeminente no lado direito da mandíbula, o cabelo raspado até o último centímetro; ele parecia exatamente com seu eu mais jovem, vários anos atrás, Na Filipinas. Um arrepio percorreu sua espinha, um que o arrastou para o vazio que irrompeu do fundo de seu subconsciente.
