04 - O ninja assassino (Vega vs Juri!)

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Esta é uma fanfic inspirada nos jogos de luta Street Fighter sem fins lucrativos.

A marca Street Fighter, bem como seus personagens pertencem à Capcom.

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Encostado na pia do banheiro no vestiário, o sujeito ouvia os gritos da plateia no lado de fora. Amava aquele som, o chamado aclamando seu nome. Era como uma lenda viva e sabia disso, as pessoas o amavam, o invejavam, o temiam.

Mais que isso, amava o desafio, o prazer em retaliar seus oponentes, ver em seus olhos o medo da morte e o arrependimento por cruzarem seu caminho. Não encontrava um oponente digno tinha já muito tempo, desde o fim da Shadaloo.

Com a queda de Bison, seus lacaios mais fortes tinham debandado, sumido pelo mundo, se escondendo nas sombras para evitar a perseguição dos agentes internacionais. E ele fora um dos maiores assassinos da antiga organização.

Certamente aquele com maior número de missões bem sucedidas.

—Senhor Vega – dissera um jovem que acabara de entrar – Estão todos em alvoroço essa noite. Uma mulher venceu todos os outros oponentes. E pelo visto, ela não teve nenhuma dificuldade nisso. E disse lhe conhecer.

O lutador se virara e erguera uma sobrancelha. Uma lutadora?

Seria uma das agentes que insistiam em o perseguir? Chun-Li? Cammy?

Era irrelevante – pensara, lambendo o lábio superior – aquela noite acabara de se tornar mais interessante. Já podia sentir o sangue fervendo em suas veias.

—Diga que não estou pronto, ela que espere... – dissera ao rapaz.

—Sim, senhor... – respondera o jovem, baixando a cabeça enquanto saía.

Assim que o rapaz deixara o aposento, o sujeito apanhara um celular.

Encarando os próprios olhos azuis no espelho, alisara uma mecha de fios de cabelo cor de ouro que lhe caíam sobre a face. A cabeleira da cor do sol descia por suas costas em uma longa trança até a linha de cintura.

—Alô... – dissera ao celular – Prepare o jato para partir em duas horas. Logo estarei aí, sabe que não tolero falhas. Vamos para a Grécia, ouvi dizer que uma lutadora tem se destacado por lá. Talvez seja hora de a conhecer.

Desligando o telefone, o espanhol se encarara, se admirando. A luta daquela noite contra a próxima adversária seria seu bilhete de saída do país. Se alguém que o conhecia chegara até ali, a Interpol certamente chegaria em seguida e era melhor estar longe quando isso acontecesse.

Fitando a garra com as três lâminas de metal sobre a pia, o assassino sentira um arrepio de prazer lhe correr por todo o corpo. Com sorte, em instantes estaria diante de uma de suas antigas inimigas. Nada como uma morte para fechar sua noite e deixar uma boa impressão para os fãs.

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A arena de lutas clandestinas pertencia a um traficante de Istambul.

O lugar era protegido por homens armados e a polícia não tinha acesso.

Só havia duas formas de um agente aparecer por ali, disfarçado ou se fosse um lutador excepcional. Vega apostava que sua adversária tinha chegado ali da segunda forma. Vestira a máscara de acrílico e saíra do vestiário para o ringue.

Os espectadores gritavam sem parar. Quando o sujeito surgira, parecia que a algazarra ficara ainda maior. O lutador vestia uma camisa social branca aberta no peito, deixando parte da tatuagem de serpente à mostra. A luva em sua mão direita tinha uma garra de metal com três pontas.

STREET FIGHTER 6 ANOTHER LINESWhere stories live. Discover now