13° - De volta ao Berço

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Ava

O ar ficou tenso, o halo começou a ativar levemente mas eu o impedi, Beatrice tomou o celular da minha mão e sentou no pequeno sofá para ouvir mais atentamente, a segui e me sentei ao lado dela.

-Como assim Madre?  O que aconteceu? Por que Lilith está no Berço? Podemos confiar nela de novo? Da ultima vez que a vi ela tentou matar Ava junto com o Adriel. – Beatrice falava ao telefone de forma tensa e objetiva, quando falou sobre  ultima vez que viu Lilith ela olhou para mim e segurou minha mão entrelaçando nossos dedos.

-Beatrice, voltem, a Lilith está presa ao menos até vocês chegarem...

-Mas ela se teletransporta...como está presa? -perguntei interrompendo a Madre, sem entender como mas Bea mantinha uma expressão de que sabia exatamente como Lilith estava presa.

-Beatrice vai explicar tudo para você Ava, por favor peguem o próximo voo para casa, acredito que tenha a ver com aquela guerra santa então o quanto antes soubermos do que se trata antes poderemos lidar com isso.

Ela terminou de falar e desligou a ligação, olhei para uma Bea levemente estressada e envergonhada?! Mas por que?!

-Bea?! Como...como a Lilith está presa? Do que a Madre estava falando? Guerra santa? Eu não estou entendendo nada.

-Primeira coisa, a Lilith está presa com um bracelete feito de divinium em uma cela especial no Berço, quando a Mila foi passar um tempo na Jilian eu pedi que elas fizessem algo para prender a Lilith porque eu queria vingança por...por você. - fala falou totalmente envergonhada. - lógico que não me deixaram ir atrás dela mas acharam uma boa ideia ter algo que tirasse os poderes de se teletransportar já que ela trocou de lado. Segundo e terceiro junto...logo que você atravessou o portal a Lilith falou para mim que uma guerra santa estava para acontecer, uma guerra entre duas religiões, ela falou que esperava estar lutando ao meu lado de novo mas eu não acreditei nisso...ela voltar ao Berço...bom isso muda algumas coisas. – ela falava comigo mas eu tinha a sensação de que ela estava falando mais com ela afim de colocar as ideias no lugar.

-Então vamos voltar, seja o que for vamos resolver isso juntas, nós e nossas irmãs. – falei determinada e ela me olhou com os olhos cheios de orgulho.

-Você nem parece aquela garota que fugiu ao achar que demônios estavam entrando na sala onde você estava com a Lilith no seu primeiro dia no Berço, estou orgulhosa de você Ava, você não tem ideia do quanto. - ela falou com uma sinceridade palpável.

-Eu aprendi com a melhor não é mesmo?! – falei sorrindo, dando um leve aperto em sua mão e então fomos ajeitar as coisas pois ainda daria tempo de pegar o voo das 00h assim chegaríamos no Berço logo no primeiro horário. Não demorou muito e já estávamos dentro do avião, o último voo do dia.

Chegamos ao Berço era quase seis horas da manhã e o sol nascia no leste, entramos direto e logo a Madre veio acompanhada de irmã Dora e Yasmine, senti falta de ver Mila aos calcanhares da Madre.

-Finalmente vocês chegaram, Camila esta tentando tirar alguma informação de Lilith mas ela não quer falar nada para ninguém, somente para você...Beatrice. – a Madre falou com aquele tom meio acusador. – Ava, não sei se é uma boa ideia ela te ver, ela não sabe que você voltou e...bom você está sem memória e...

-Não estou mais sem memória Madre e me desculpe, eu não vou deixar nunca a Bea sozinha com a Lilith principalmente porque pode ser uma armadilha, mesmo presa e sem poder se teletransportar ela ainda tem garras e asas muito bem afiadas. – falei de forma decidida, o que fez a Yasmine sorrir e dar uma olhada de canto para a irmã Dora.

-Ok, vocês sabem o caminho, é no antigo quarto de Ava, aquele cômodo tem uma energia muito maior do que os outros então colocamos tudo lá. – a Madre falou de objetiva já nos dando passagem.

-A energia do cômodo deve ser por causa dos cristais atrás da parede, quando lidarmos com a Lilith, retiro eles de lá para podermos saber melhor do que se trata. – falei lembrando do vaso com cristais brancos que emitiam uma luz azulada e que estava junto com o diário das outras irmãs guerreiras.

Bea e eu não esperamos respostas além de um aceno de cabeça e então seguimos para o meu antigo quarto. Chegando no ambiente Bea entrou primeiro e eu fiquei um pouco afastada observando de onde não podia ser vista por Lilith, vi uma espécie de bolha transparente mas que refletia a luz, toda sua estrutura parecia ser feita de algum tipo de vidro e ferro, bem no meio tinha uma corrente presa aos punhos de Lilith, o metal começava a emitir uma fraca luz azul claro, se eu andasse um passo a mais o tom claro ficaria mais forte.

-Bom, você queria falar comigo, aqui estou, fala logo. – Bea falou de forma irredutível, brava até, nunca tinha visto ela falar assim com ninguém e acredito que esse tom de voz é por minha causa, por Lilith ter ajudado Adriel a quase me matar.

-Bea, é a Ava, eu...eu acho que a Ava esta viva, eu...- Lilith falava de forma um pouco confusa.

-Eu estou muito viva e não graças a você. – falei saindo da parte mais escura onde estava, queria ver a primeira reação dela com Bea antes de realmente aparecer e a expressão de Lilith era de incredulidade pelo fato de estar certa, mas tinha algo a mais ali que eu não conseguia decifrar.

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