— Tá bom, mamãe. — Debochou. — Mas será que um oral pode? — Brincou e Sophia corou até a raiz dos cabelos. — Que foi? Você não pariu pela boca. 

— Eu vou te botar pra fora dessa casa já já! — Deu risada. — Sai da minha frente de uma vez. — Ele deu um beijo na bochecha da mãe e foi buscar as malas. Sophia subiu atrás, ainda sem ter coragem de falar com a sogra. 

Dentro do quarto, Micael largou as malas no chão e puxou sua loira pra um abraço, logo em seguida iniciou um beijo quente. 

— Ei, para! — Disse tentando fugir dos braços de Micael. — Para! — Disse alto e ele a largou. 

— Está falando sério? — Tinha um biquinho e ela prendeu o riso. — Você me atacou as duas vezes e agora vai correr? 

— Acho que sua mãe tem razão, vamos maneirar, não vai faltar oportunidade pra gente fazer sexo. — Se aproximou e lhe deu um beijo na bochecha. — Além do mais, eu não quero parir de novo dentro de nove meses. Imagina eu com dois bebês? Levi super levado engatinhando tudo e eu com um recém nascido. 

— Você nem sabe se o menino vai ser levado. — Sentou na cama com os braços cruzados. — E eu acho que é um pouco tarde, transamos muito gostoso duas vezes sem camisinha, se bobear Lavínia está ai. 

— "Muito gostoso" — Remendou. — O que isso tem a ver?

— Absolutamente nada, mas é que foi muito bom, sendo assim tem mais chances de fecundar. 

— Essa fake news ai está com cara de ter sido tirada do mesmo site que a minha sobre amamentar. — Os dois deram risada. — De tão ridícula que as duas são. 

— São mesmo. — Ela se aproximou e sentou no colo do moreno. — Eu amo você. 

— Eu amo mais. — Um beijo muito mais amável e doce se iniciou. — Mas agora vamos arrumar suas coisas, precisamos nos ocupar de alguma coisa, senão eu vou deixar de pensar com a cabeça. — Lhe deu um selinho e se levantou. 

Os dois conversavam sobre futuro enquanto arrumavam as malas. Brincavam e sorriam por alguns momentos que conseguiam esquecer a preocupação pelo pequeno bebê que não estava ali. 

Enquanto colocava uma camisa no cabide, Sophia parou séria e encarou Micael por alguns instantes. 

— Amor. — Seu tom sério fez ele parar o que fazia e se virar para encara-la. — Algum dia vamos sair daqui? 

— Mas é claro. — Franziu a testa meio sem entender. — Acha que eu quero morar com meus pais a vida toda? 

— Não sei, as coisas andam bem difíceis. 

— Agora estão, mas aos poucos vamos nos acertando. Tenho certeza que meu pai vai me pagar um salário bacana e quando a gente perceber, estaremos na nossa casa. Com um quarto pro Levi muito mais bonito do que o que ele tinha e o da Lavínia então, digno de uma princesa. 

— Quer parar de falar como se eu estivesse grávida? Isso é loucura. — Deram risadas. — Não quero outro filho agora e eu tenho certeza que você também não. 

— Não é o momento. — Concordou com ela. — Mas um dia teremos, sabe por quê? 

— Porquê? 

— Porque você ficou deliciosa grávida. — Sorriu malicia. — Eu vou querer ter você todo dia, toda hora. Descobri que eu sou um tarado em gestante. 

— Quer parar de falar besteira? — Ela gargalhou. — Transamos uma vez, dez minutos e  em um banheiro. 

— Olha pra mim como eu fico só de lembrar. — Mostrou a marca do pau na roupa. — Vou ter que ir tomar um banho frio e bater uma punheta lembrando daquele dia. 

— MICAEL! — Deu um grito com vergonha. — Para com isso. 

 — Eu não posso fazer nada se desejo você. — Sorriu pra ela.

— Engraçado né, você ai morrendo de tesão lembrando de mim grávida, Augusto corria de mim na época. — Ela riu, mas ele fez uma careta. — Não vai ficar com raiva, eu estava grávida, cheia de hormônios, precisava de sexo e ele era meu marido. 

— Eu sei que ele corria. — Deu de ombros. — Ele contou pra gente. 

— Que gente? 

— Eu e Arthur, no dia que fomos ver o jogo no bar. — Deu de ombros. — Inclusive saiu do bar aquele dia com uma gostosa. 

— Está me dizendo que viu eu levar chifre e deixou? — O olhou brava, mas ele assentiu dando risada. — Eu grávida, sozinha no apartamento levando chifre e você não me avisou?

— Chifre trocado não dói. — Debochou. — E não era da minha conta. Você casou porque quis. 

— Muito solidário. — Suspirou. — Mas também, eu duvido que ele ia me deixar ir embora. Quando tentei, ele me chantageou, faria isso, aposto. 

— Mau caráter. — Resmungou. — Enfim, vamos ter a nossa casa, vamos casar e seremos muito felizes. — Se aproximou e a puxou para um beijo. As mãos na nuca dela aprofundando o beijo. Solange invadiu o quarto e os assustou. — MÃE! 

— Hum, achei que tivessem entendido. — Cruzou os braços, mas sorria.

— Era só um beijo. — Rolou os olhos. — Eu já disse que ela não pariu pela boca. — Repetiu. — E você devia ter batido. 

— Eu pensei que estavam arrumando as roupas. — Passou as mãos pelos cabelos. 

— O que quer aqui? 

— Saiu a ordem do juíz, podemos ir buscar o Levi! — Comunicou animada e Sophia quase teve um treco. — Estamos esperando o quê? Se arrumem! 

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