145 - Confirmação

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𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

Já estiveram em transe após um choque? É estranho né? Você fica ali parada, sem ter reação, sem ter voz e nem sentimento. Apenas o choque...

Pode ser que você saía dessa transe em alguns segundos, minutos ou pode ser que daqui a algumas horas.

E naquele momento, no meio daquela rua, próxima aquele carro e rodeada por pessoas com câmeras apontadas para mim, eu estava em um transe após um choque.

Eu não tive chance nem de expressar um sentimento da raiva por estarem me tratando como um animal de zoológico e nem muito menos consegui meter a mão em uma daquelas câmeras, eu simplesmente fiquei ali parada.

Muitos poderiam achar que eu fiquei parada para as fotos e que eu estava amando aquele momento, o momento em que estavam acabando com minha privacidade, mas a verdade era que eu estava em choque.

Não importa que eu estava na rua e que a rua era pública, aquela ainda era a minha privacidade e a privacidade da minha filha e agora, eles tinham tomado tudo aquilo.

- Sorri para foto Helena. - Um dos paparazzis gritou e eu me recuei para trás e eu dava um passo para trás e eles três para frente e como um passe de mágica, Gavi já estava em minha frente.

Como um escudo de proteção ele se posicionou a minha frente e empurrou o paparazzi mais folgado que estava ali.

- Qual é Gavira é meu trabalho. - Ele reclamou, assim que Gavi me ajudou a entrar no carro e antes que ele conseguisse fechar a porta eu escutei a resposta de Gavi.

- E essa é a privacidade da minha namorada. - Ele da essa resposta e logo toma seu lugar no carro finalmente fechando aquela porta, e ali dentro do carro eu saí do transe após um choque.

E a minha única reação foi, suspirar fundo e deixar uma lágrima escapar dos meus olhos, e após aquela lágrima logo veio outras e outras fazendo eu entrar em um completo desespero e Gavi me acompanhar nesse desespero.

- Amor, não chora. - Ele pede enquanto dirigia pelas ruas de Barcelona, eu estava no banco de trás e ele dirigia calmamente pelas ruas, era estranho.

Eu amava Barcelona, sempre achei o lugar mais lindo e sempre foi um sonho conhecer aqui, mas naquele momento Barcelona parecia cinza e preto não tinha cor e apesar do sol que fazia lá fora eu me sentia no fundo de um poço aonde era frio, escuro e assustador.

Todos esses meses, todo esse tempo tentei proteger a minha menina não que eu tivesse vergonha dela ou algo assim, era porque Luísa nem tinha chegado mas me fez despertar um sentimento tão lindo e puro.

O famoso sentimento maternal e eu nunca aceitaria que falasse nada da minha filha, nem que desejasse o mal para ela, eu não aceitaria isso.

E por um descuido meu, pronto.

Todos iriam saber que eu estou esperando um filho do "grande" e "inocente" Pablo Gavira, eu consigo imaginar as ofensas que eu receberia, as suposições de golpe da barriga, eu conseguia imaginar tudo isso e pior e que eu sei que eu iria absorver tudo isso e o pior e que eu também sabia que a Luísa sentiria isso também.

Minha lágrimas desciam involuntariamente pelo meu rosto, enquanto eu olhava minha barriga.

Tudo o que eu conseguia pensar era no quanto eu queria que a minha filha me desculpa se, me desculpa se por não ter conseguido protegê-la da forma que eu queria.

Era estranho era a primeira vez que eu sentia que eu havia falhado e o pior falhado com minha filha.

- PORRA. - Escuto Gavi gritar após bater sua mão no volante, ele também tinha a respiração ofegante, por poucas vezes vi Gavi estressado fora do campo e naquele momento ele tinha chegado no auge do seu estresse.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang