𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑 - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ

148- Sim ou Não?

𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

Eu torcia para algo acontecer, a Luísa mexer, alguém bater na porta, qualquer coisa que me tirasse daquela situação.

- Helena, você tá me deixando preocupado. - Gavi fala desconfortável, ele ainda permanecia ali de joelhos e também permanecia sem uma resposta.

- Casar Gavi? - Talvez não fosse aquilo que ele gostaria de ouvir, e eu percebi isso quando ele suspirou.

- Isso é um não? - Ele volta a fazer uma pergunta que eu só poderia responder com sim ou não. E como falar que talvez aquela não fosse ainda a hora de... Casar.

- Gavi. - Eu só consigo falar seu nome e ele novamente suspira balançando a cabeça negativamente e fechando aquela pequena caixinha azul que estava em suas mãos, tirando toda minha visão daquele brilhante anel, até mais brilhante do que o anel de namoro que eu ainda usava.

- Já entendi Helena. - Ele fala baixo e se levanta, ele não se senta ao meu lado ou nem mesmo consegue me olhar, ele apenas se afasta encostando suas costas na parede que havia naquele quarto.

- Não é um não. - Eu falo e vejo ele finalmente me encarar esperançoso. - Mas também não é um sim. - Eu falo dando ombros, eu não queria que aquilo se tornasse uma briga.

- Qual é a dificuldade de me da uma resposta concreta e sem enrolação? - Ele pergunta impaciente e novamente eu dou ombros.

- Não quero te machucar com minha resposta. - Sou sincera e consigo ver ele rir forçado.

- Eu passei horas escolhendo a merda desse anel, passei quase meia hora ajoelhado na minha frente, sua resposta não irá me machucar mais do que isso. - Ele fala ríspido, é talvez aquilo terminaria com uma briga.

- Gavi, eu só acho que não é o momento. - Eu falo e novamente ele rir forçado, aquilo estava se tornando um hábito dele?

- Caralho Helena, olha o que já passamos, vamos ter uma filha, vamos morar juntos e você quer me dizer que não é o momento?- Ele me encara esperando uma resposta.

- Só que, casamento é algo muito sério. - Tento fazer ele entender.

- E a nossa filha não é algo sério? Moramos juntos não é algo sério? - Ele pergunta e bom talvez ele não iria entender meu lado.

- Você não entende que tudo já está acontecendo rápido demais, e agora você inventa um pedido de casamento? - Foi minha vez de perguntar.

- Você não me ama o suficiente para querer casar comigo? - Ele me encara e desse vez o suspiro veio da minha parte.

- Eu vou ignorar essa pergunta e vou te explicar que, só nunca esteve em meus planos casar, eu nunca vi alguém que se deu bem em casamento. - Eu tento novamente fazer ele entender, mas eu sabia que ele não entenderia.

- É lá vamos nos com o mesmo papo, Helena você tem que parar de levar a vida dos outros como exemplo, não é porque seu pai e sua mãe vivem brigando o tempo todo no casamento deles que seremos assim, se quer ter exemplo de algo tenha do casamento dos meus pais. - Ele fala aquilo e arqueio uma sobrancelha.

- Pra você é tão fácil né? Sempre esteve em um lar tranquilo, pais que fizeram de tudo por você, um pai que sempre te apoio e claro o casamento incrível deles, desculpa se eu não tive isso e se eu me preocupo em viver o que minha mãe vive. - Eu falo e puta merda, tudo que eu não precisava, brigar com meu namorado nas vésperas do meu aniversário.

- HELENA. - Sua alteração de voz, faz eu ter um mini susto dando um pulinho na cama. - Coloca na sua cabeça que eu não sou como o seu pai e que eu nunca serei como ele. - Em partes ele estava certo, eu sabia que Gavi nunca seria ruim como meu pai, porém era problemas que eu infelizmente ainda carregava em mim, e bom mesmo perdoando e tentando ser alguém melhor, esses problemas não sumiria assim do dia para noite.