Revelações

78 10 3
                                    


A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.
~Sigmund Freud



- Às vezes eu me pergunto como foi que se tornou uma policial tão boa, com tão pouca noção! Somos irmãos e isso não te dá o direito de invadir minha casa e vasculhar toda minha intimidade. - O Haruno tinha as feições endurecidas, e o olhar firme em cima da irmã.

- Sasuke, pelo amor de Kami, me diz que... - sua mente completamente atordoada tentava buscar várias razões para o irmão ter aquele arsenal, típico de criminosos em séries em qualquer filme. Nem sequer conseguia formular a pergunta.

- Te dizer o que Sakura, que você está revirando minha intimidade com a Karin? Que agora quer explicações sobre nossos momentos mais íntimos? Quer que eu te explique, como usamos as cordas? A máscara e as algemas? Até isso você quer comandar? Porra! Vai me dizer como fazer sexo com ela também? O que pode ou não pode? - ele parecia ferozmente bravo e Sakura sentiu seu rosto queimar com as palavras ditas.

- Sasuke, eu não... - a irmã se afastou com as mãos na boca, agora a imagem que vinha em sua mente era tão traumatizante quando achar que ele era um assassino, pensar em Sasuke dando prazer para Karin, era algo que ela não conseguia imaginar, porra de mulher sortuda a cunhada, deu dois passos para trás, sem saber o que dizer, os pensamentos impuros invadía sua mente, chega Sakura, está passando dos limites.

Não conseguia mensurar o quanto aquela informação desnecessária tinha lhe afetado, sabia que os dois tinham momentos íntimos, era óbvio, mas...

- Quer detalhes, Sakura? - insistiu o mais velho a provocando.

- Não, eu não... - como enfrentá-lo agora? Nada do que ela tinha pensado sobre ele fazia sentido, ou seu irmão era um maldito de um filho da puta mentiroso, ou ela era um canalha por desconfiar tanto assim dele, impossível, pegou seu sapato com pressa e saiu do cômodo, sem dizer mais nada, nem ao menos pedir desculpa por ter revirado as coisas dele, Sasuke a encarou sério, não a seguiu.

A tenente foi direto para sua casa, durante o trajeto se perguntava: como as coisas haviam chegado naquele nível? Maldito repórter que plantou aquela semente da dúvida em sua mente, maldito Neji que achou a porra daquela pegada, e por fim malditas pistas que levavam até Sasuke.

Balançou a cabeça em negação, suas mãos passaram por seu rosto e cabelo em total desespero, era cada vez mais óbvio o quanto desconfiava de seu irmão, e o pior o quanto aquilo a incomodava profundamente, Sasuke seria capaz de matar alguém? Droga, no que estava pensando? Estava desconfiado dele, do seu maior protetor de toda a vida? Era isso mesmo? Sentia-se péssima! Fechou os olhos e a imagem das algemas, o capuz, e a explicação do mais velho para tudo aquilo, porra Sakura, agora a imagem que ela criou dele transando com Karin não saia de sua mente, precisava de tantas respostas e não tinha nenhuma, saiu da casa dele ainda com mais dúvidas.

Chegou em sua residência, ao passar pela porta principal deixou os sapatos em um canto, e colocou a bolsa em cima do sofá. Era irritante o tanto que a própria casa lembrava o irmão, toda arrumada e cheirosa. Maldito Sasuke - praguejou em sua mente.

Caminhou em direção ao banheiro, se despiu na entrada do cômodo, deixando todas as suas roupas no chão em cima do tapete, seu irmão odiava quando fazia isso, ligou o chuveiro, ajustando a temperatura da água bem quente, precisava relaxar, e nada melhor que um banho cálido, sentia seus ombros tensos e toda a musculatura daquele local dura, feito pedra. A água escorria, queimando levemente a pele, causando uma dor prazerosa em seu corpo, levou as mãos até o local e apertou fortemente, tentando relaxar ainda mais. Dor, prazer, ligados dando uma sensação de conforto, inevitavelmente pensou novamente em Sasuke, mas palavras dele com respeito a intimidade dele e de Karin, então ele sentia prazer em algo mais bruto no sexo? Será que era algo tipo sadomasoquista? Quanta loucura? Fechou os olhos, espantando aqueles pensamentos, e deixou a água escorrer desde o topo de sua cabeça, outra imagem veio em sua mente a fazendo esquecer essa história do irmão e da cunhada, as outras caixas que abriu e as lembranças da sua infância e adolescência. Sorriu, enquanto pegava o sabonete e aplicava algumas gotas na esponja, passou no corpo lavando de maneira delicada sua pele.

IRMÃOS - SasusakuWhere stories live. Discover now