Itachi o repórter

94 12 2
                                    

Hum, o que ele aquele merda poderia saber sobre o caso? Perguntou-se, elevando a sobrancelha direita sem quebrar o contato visual com o homem.

- Sente-se. - indicou com olhar para cadeira à sua frente. - Seu nome é - - buscou em sua memória, falhando.

- Itachi. - puxou a cadeira e se sentou. - Itachi Uchiha.

- Certo. Seja breve, você tem o tempo exato da minha bebida. - levando a enorme caneca de vidro transparente à boca, bebericou sua bebida quente.

- Não sei se esse é o lugar adequado para esse tipo de conversa.

Inevitavelmente a rosada balançou a cabeça dando um riso nasal:

- Você vem até a mim, interrompe meu sossego, diz que tem algo do meu interesse, eu te dou uma chance para falar e agora o local não é apropriado? - repórteres. Bufou demonstrando toda sua irritação. - Olha Itachi - com o dedo indicador bateu três vezes chamando a atenção dele para 'toc toc toc' na mesa rústica de madeira. - Eu vou te confessar uma coisa. - se inclinou sussurrando. - Eu não tive uma semana boa, sabe? E... - umedeceu os lábios - Eu posso simplesmente descontar isso em você! Te dou voz de prisão por perturbação da minha tranquilidade, e você passa uns três dias cagando no vaso ao lado da sua cama de concreto gelado. - sorriu com sarcasmo. - O que você acha?

- Nada mal. - mantendo o seu olhar negro sobre ela e um tanto familiar o rapaz não se intimidou. - Eu te garanto que já dormi em lugares piores. Você já dividiu um apartamento na época da faculdade com cinco estranhos?

Filho da puta!

Fechando a cara, a mulher tirou seu equipamento de fogo do cós da calça e colocou sobre a mesa com força. Fazendo o rapaz se assustar levemente. Sabe o motivo de homens viverem menos que as mulheres? Então, eles costumam não ter noção nenhuma de perigo, são como crianças com meses de vida.

- Levanta, e saia daqui sem dar um piu seu palhaço!

Ainda desafiando a morte, o homem abriu sua maleta sobre o colo, puxando uma pasta amarela, colocando sobre a mesa e a empurrando na direção da rosada. - Tenha um bom final de tarde tenente Haruno. - levantou-se a encarando com uma feição amigável mas que claramente soava como deboche.

Sakura não deixou por menos, lhe devolveu um sorriso com desprezo. Quem aquele infeliz achava que era? Levando tablete de chocolate à boca - vinha sempre sobre o prato pequeno da bebida -, se deliciou e acalmou os nervos, curtindo cada segundo do sabor viciante em sua língua, a fazendo fechar os olhos de prazer. Assim que chegou na última mordida, suspirou, olhando para pasta ali deixada sem nenhum interesse. Olhou o relógio em seu pulso, apenas por hábito, já que dali iria para casa do seu irmão. Aliás isso estava passando os limites da cara de pau, talvez fosse melhor começar a pensar sobre o seu retorno para sua casa ou não? Estar com Sasuke era sinônimo de muitas coisas, como por exemplo, segurança, amparo, família ... E, hum... É melhor parar de pensar nisso, senhora Sakura Haruno!

A tenente levou as unhas pintadas de rosa bem na pontinha da pasta, e despretensiosamente foi abrindo. Em outras situações com certeza pegaria aquilo e jogaria na primeira lata de lixo.

O justiceiro

O Título do documento a fez revirar os olhos, que porra! Um TCC agora? Hum... Deveria realmente ter ignorado. Virou as folhas por hábito, e como era comum do seu cotidiano leituras objetivas e rápidas o seu olhar crítico era cirúrgico sobre os pontos até que chegou em um das folhas, onde havia o mapeamento da cidade, das mortes, nada incomum a não ser um detalhe, meio sádico até pois dali em diante existia um traçado de meses retroativos. Abril, março, fevereiro, janeiro, dezembro, novembro, e cada mês a modificação da cidade e pontos de câmera algo que até hoje a polícia tinha problema, os pontos cegos da cidade.

IRMÃOS - SasusakuWhere stories live. Discover now