Capítulo: 19/04

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Ploc.

Ploc.

Ploc, Ploc.

Do meu sono profundo, ouço a chuva que cai sobre a barraca.

Ploc, ploc, ploc.

Está ficando mais forte.

— Era só o que me faltava, porra, —
Christopher sussurra ao meu lado.

Ouvimos um trovão e nós dois pulamos de susto quando a floresta pisca em branco.

— Você não pode estar falando sério, — ele murmura na escuridão.

Estou de costas para Chris e mordo meu lábio para tentar me impedir de rir. Ele sofreu um colapso completo quando deitamos na cama por causa do barulho dos animais na floresta que o tem mantido acordado — na verdade, ele teve cerca de dez colapsos.

Isso será a cereja no topo do bolo.

A chuva realmente começa a cair
e os trovões começam a cair repetidamente.

— Bem, isso é ótimo pra caralho, — ele bufa.

Eu sorrio e viro para encará-lo.

— Está tudo bem. Barracas são à prova d'água. Apenas volte a dormir.

Clarões continuam iluminando a barraca enquanto relâmpagos cortam o céu.

Ele se senta e começar a tatear em torno da tenda no escuro. Ele fica ajoelhado por um tempo procurando o que quer que seja.

— O que você está fazendo?

— Procurando uma porra de lanterna!

Eu rio alto.

— Como você acha graça nisso? Porra, nada disso é engraçado, Dulce.

Ele finalmente encontra a lanterna, a coloca na cabeça, a liga e olha para mim.

Seu cabelo está todo despenteado e arrepiado em todos os lugares, e seus olhos estão arregalados e perturbados.

Incapaz de ajudá-lo tenho um ataque incontrolável de risadas.

— O quê?

— Se você pudesse... — Eu tenho que parar de falar porque estou rindo muito. — Se você pudesse se ver.

Ele sorri e então o barulho de um raio soa tão perto que parece que atingiu uma árvore bem ao nosso lado.

— Nós vamos morrer hoje à noite, — ele gagueja em pânico.

A chuva cai e eu abro a tenda. Nós dois espiamos a tempestade apocalíptica.

Está realmente caindo um dilúvio e eu fecho a barraca de volta.

— Está tudo bem. A barraca é à prova d'água e teremos que tentar dormir mesmo com isso.

— Você perdeu a cabeça? — Ele reclama. — Quem poderia dormir com isso?

— Eu, eu poderia. — Deito-me e puxo o cobertor do saco de dormir sobre mim.

Sorrio quando me lembro do colapso anterior de Christopher por ele não poder me tocar no meu saco de dormir. Em uma operação de uma hora, ele abriu nossos sacos de dormir e colocou um embaixo de nós e outro por cima de nós, para que pudéssemos nos abraçar enquanto dormíamos. Ele é super fofo.

A tenda começa a balançar de um lado para o outro quando a tempestade fica mais forte.

— Puta merda... aqui vamos nós— ele murmura enquanto olha para o teto da barraca.

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