Capítulo: 04/03

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Maite chega com nossas bebidas em uma bandeja e cai em seu assento.

— Então, diga. Ele te deu uma carta de advertência?

Eu saboreio minha margarita.

— Hmm, isso é bom. — Franzo a testa enquanto inspeciono o líquido amarelo gelado.

Christian bebe o dele.

— Eca, eu odeio esse barman. — Ele estremece.

— Você vai parar de choramingar? — Maite resmunga. — É como sair com a porra dos meus filhos.

— Esta bebida é muito forte, — ele engasga. — Notei que você não pegou uma.

A atenção de Maite volta para mim.

— Enfim, qual é esse segredo?

Eu olho para eles. Deus, eu nem sei se devo dizer algo a alguém, mas preciso de alguém com quem conversar.

— Prometam que não dirão nada a ninguém. Nem mesmo Any— eu digo.

— Sim. — Ambos reviram os olhos.

— Ok, — eu continuo. — Você sabe quando eu lhes disse que estou tentando conseguir um emprego na Miles Media há mais de três anos?

— Uh-huh.

— Bem, há pouco mais de doze meses, fui a um casamento em Londres e estava voltando diretamente para New York para uma entrevista aqui.

Christian franze a testa enquanto se concentra na minha história.

— No aeroporto de Londres, um homem doido atrás de mim na fila estava tendo algum tipo de surto e jogou minha bolsa no chão.

Ambos olham para mim, confusos.

— De qualquer forma, o segurança me conduziu até o balcão de check-in e disse ao cara para cuidar de mim. Recebi um upgrade para a primeira classe.

— Que legal. — Christian sorri e levanta sua bebida alegremente.

Eu me preparo para a próxima parte da história.

— Eu estava sentada ao lado desse homem e começamos a beber champanhe e... — Eu dou de ombros. — Quanto mais bebíamos, mais inapropriados ficávamos e começamos a conversar sobre nossas vidas sexuais.

— Você foi expulsa do avião? —Christian diz, com os olhos
arregalados.

— Não. — Eu saboreio minha bebida. — Poderia ter acontecido, no entanto.

Christian coloca a mão no peito em alívio.

— Houve uma nevasca em New York e tivemos que voar para Boston para uma parada e passar a noite. Esse cara era como... ridiculamente gostoso. — Eu sorrio quando me lembro dele. — Ele não era meu tipo, e eu não era o dele, mas de alguma forma acabamos fodendo como coelhos a noite toda. Foi o melhor sexo que já tive em minha vida.

— Eu amo essa história. — Maite sorri. — Bom trabalho.

— Eu nunca mais o vi.

O rosto dela cai.

— Ele não ligou?

— Ele nunca pediu meu número.

— Ai. — Christian estremece.

— Eu sei. Então você pode imaginar meu horror quando o vi no trabalho esta semana.

— O quê? — Os dois suspiram.

Amor Extranjero Where stories live. Discover now