Capítulo 68: Tarde, noite, dia, semana de núpcias

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*NÍVEL DE EXPLICITUDE: MÉDIO. NÃO ACONSELHO A LER SE TIVER MENOS DE 16 ANOS. *


- Podemos dar uma volta antes?


- Tá bom, senhora Alencar. - ele disse me dando o braço.


- Bem, agora vai ser difícil se acostumar com o silêncio que vai ficar por aqui... - eu disse enquanto andávamos por nossas terras.


- Estava pensando que podíamos trazer Ben pra cá em suas férias, com certeza ele vai gostar...


- Com toda certeza.


Nos aproximamos do lago e eu me ocorreu um pensamento.


- Nathan, por que não damos um mergulho no lago? 


Ele franziu o cenho.


- Agora?


Eu ri.


- Vamos, Nathan! Planejar tudo isso me deixou de cabeça quente! Um pulo no lago vai nos fazer bem! - eu disse tentando soar convincente enquanto fazia meus dedos caminharem por seu braço, ele riu e cravando aqueles olhos castanhos desejosos em mim concordou.


Andamos até o lago conversando sobre a festa e quando finalmente chegamos andamos até o final do tablado e nos sentamos, tiramos nossos sapatos e colocamos os pés na água, Nathaniel entrou primeiro e me estendeu os braços, me segurei em seus ombros e enlacei sua cintura como da primeira vez que havíamos nadado ali.


A água fria quase fazia doer minha pele quente pelo nervosismo.


- Está muito fria pra você? - ele perguntou observando meu braço, meus pelos todos eriçados.


- É só questão de tempo... - eu disse pisando os pés no chão.


Seus braços em volta da minha cintura me impediam de descolar nossos corpos, e eu agradecia, pois seu calor me esquentava também. Olhei em seus olhos enquanto fazia carinho em sua bochecha com meu polegar, minha mão segurava seu rosto, seus olhos castanhos me encaravam e eu retribuía com meu coração batendo forte e me implorando para beijá-lo.


- Você é mesmo minha esposa? - ele perguntou com um sorriso incrédulo nos lábios.


Apoiei uma mão em seu peito enquanto passei a outra por sua nuca.


- Uhum... Você já pode beijar a noiva, inclusive. - eu disse sorrindo.


- Posso beijar? - ele perguntou encostando nossas testas, nossos olhos se fecharam.


- Uhum...


- Posso tocar? - as palavras saíram quase como uma súplica ofegante.

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