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Take my name when I'm dead and gone and throw my ashes in the river. Know that I lived my whole life long and gave all the love that I could've given.
(Pegue meu nome quando eu morrer e partir e jogue minhas cinzas no rio. Saiba que vivi toda a minha vida e dei todo o amor que eu poderia ter dado.)

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29 de julho de 2022
Budapeste, Hungria

Deixar a França foi mais difícil do que Ellie imaginou.

A engenheira queria ter ficado na cidade o máximo de tempo possível, aproveitando cada segundo com sua família, levá-los por mais vezes nos pontos turísticos, conversar mais nos jantares... Queria ter mais tempo. Tê-los ao longo daquele final de semana foi um presente que jamais iria esquecer, principalmente ao vê-los tão felizes com a vitória de Daniel Ricciardo em Paul Richard após o australiano ter largado da décima posição. Os ventos realmente estavam a favor deles

Tudo parecia na mais perfeita ordem.

Mas ainda assim, precisou se despedir de Blanca e Junior e partir para o próximo país. O que a confortava era que a corrida na Hungria significava que a primeira parte da temporada estava chegando ao fim, e Daniel Ricciardo estar ocupando o quinto lugar do campeonato de pilotos era surpreendente. A única McLaren brigando contra as duas Ferraris e Red Bulls. Ninguém poderia imaginar.

Mas ela, sim. Era para isso que trabalhava tanto.

Era por isso que ainda estava sentada no restaurante do hotel, na última mesa onde era incrivelmente calmo e poderia comer a qualquer momento.

Ellie Daylin! — o sotaque alegre monegasco tomou conta de seus ouvidos, ainda que seus fones estivessem quase no volume máximo. — Te achei.
— Não era para achar.

Charles riu e puxou uma cadeira ao lado da mulher.

— Estou trabalhando, ragazzo.
— Por que não está no paddock, hein?

Ellie deu de ombros. Nem ela sabia o verdadeiro motivo. Apenas sentiu-se ruim no momento que pisou no lugar. Por conta disso, cumpriu todas as suas obrigações na garagem e voltou ao hotel para que pudesse trabalhar em mais atualizações e aprimoramento do carro do australiano.

— Aqui me parece melhor — sorriu para o amigo. — O que te traz aqui?
— Uma proposta de emprego — respondeu, e Lily o encarou. — Pelo amor de Deus, seja minha engenheira, eu não aguento mais aqueles homens. Eles são burros. Você viu o que aconteceu na minha última corrida...
— Três pit stops catastróficos.
— Você NUNCA faria isso, Ellie. Pelo amor de Deus, eu pago quanto você quiser. Dê seu preço.

A engenheira soltou uma risada e bateu nas coxas do piloto, em uma tentativa de consolá-lo.

— Não voltarei para a Ferrari, amore mio. Além do mais, já sou engenheira de Daniel.
— Vou dizer a ele que se aposente — Charles se jogou na cadeira e cruzou os braços, um bico se formando em seus lábios.

Ele estava frustrado e não era para menos. Tudo parecia estar ruindo na vida dele, até mesmo seu relacionamento com Beatrice.

— Quanto você ganha na McLaren? Eu dobro o valor.
— Não vou dizer.
— Mais de um milhão por ano?
— Um pouco mais.
— Em dólar ou euro?
— Dólar.
— Eu pago em euro — Leclerc deu sua cartada final e Ellie riu, o puxando para um abraço.
— Vamos tomar uma taça de vinho e eu te mostro algumas coisas que você pode começar a prestar mais atenção dentro da garagem e também na hora de pilotar. O que acha?

Charles sorriu. Vindo de Ellie, era uma proposta irrecusável.

— Vinho pode me fazer falar de Beatrice.
— Tudo bem, não me importo. Você sabe, podemos falar sobre tudo.
— Eu amo você, Ellie Daylin. De verdade.
— Eu também amo você, Charlie.

MONTE CARLO - LEGACY • DANIEL RICCIARDOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora