— Precisou de mim? Você terminou comigo, Micael. — Ela continuava gritando. — Disse que era pra eu seguir a minha vida e não ir nem visitar você.

— Eu falei isso no primeiro dia. Eu estava de ressaca, estava atordoado, não sabia nem o que fazer. — Levou as mãos a cabeça. — Poxa vida, eu só pensei em você no meio de uma confusão que eu mesmo não entendia.

— Ah, claro. — Cruzou os braços e disse em tom de deboche. — Agora a culpa é minha, você não devia ter me falado aquelas coisas.

— Não devia, mas me pareceu correto na hora. — Deu de ombros. — Eu não estou dizendo que você devia ter ficado me esperando esse tempo todo, mas pra quem dizia que me amava, você não foi me ver sequer uma vez. — Ergueu um dedo.

— Você me disse pra não ir.

— Não fode, Sophia, desde quando você faz o que te mandam fazer? — Ela ficou muda. — Por mais que eu tivesse o Augusto, você que era a minha família. Eu passei fome, passei frio, apanhei pra caralho, fui ameaçado de morte e não podia dormir. Tudo que eu precisava é que a pessoa que eu amava e que dizia me amar também, resolvesse aparecer, mas isso nunca aconteceu.

— Eu tinha raiva de você. — Falou baixinho, se sentia mal. — Eu cultivei muita raiva por conta da traição.

— Que traição, Sophia? Eu fui drogado! — Se virou e pegou a cueca em cima da cama. — Você era o que eu tinha de mais importante, eu jamais trairia você.

— Eu sei. — Suspirou. — Acho que no fundo sempre soube, mas acontece que...

— Acontece que nada! — Interrompeu. — Você deixou eu enfrentar a maior barra da minha vida sozinho! Enquanto se esfregava por aí com a única pessoa que ia me ver. Quero dizer, eu não pude nem ficar com raiva dele, senão ia ficar alheio de tudo no mundo, trancafiado sem ninguém pra dar uma notícia.

— Tá legal, eu já entendi que errei, você conseguiu fazer eu me sentir culpada. — Ele negou com a cabeça e vestiu a cueca, por baixo da toalha.

— Não quero que se sinta culpada. — Vestiu a calça jeans e jogou a toalha na cama. Sophia olhou de cara feia e ele bufou. — Você continua chata do mesmo jeito. — Pegou a toalha e pendurar no banheiro.

— E você relaxado do mesmo jeito. — Rebateu e ficaram se encarando quando ele voltou ao quarto. Um clima se estabeleceu pelo quarto e então Sophia se jogou pra frente, nos braços de Micael, de onde não deveria nunca ter saído. Um beijo foi iniciado entre os dois.

Não sabem que começou, mas sabiam que nenhum dos dois queria parar. Era um misto de sentimentos e sensações que iam de saudades até raiva.

Micael apertou mais a mão que segurava sua cintura e a que estava na nuca agarrou os cabelos, erguendo a cabeça de Sophia, lhe dando livre acesso pelo pescoço.

Beijos foram distribuídos por ali e chegaram novamente até sua boca. Aquilo estava lento demais e Sophia já estava desesperada, queria senti-lo, queria se lembrar de como era a sensação de tê-lo dentro de si.

— Tira essa calça. — Pediu com ansiedade e levou as mãos até o cós, a puxando pra baixo. A calça não havia sido abotoada por Micael ainda. Ela viu a marca na sunga e sorriu safada, queria se lembrar de tudo, inclusive de seu gosto. Por um instante a afobação para que começassem a penetração foi esquecida. — Eu vou chupar você! — Avisou e viu a expressão de tesão antecipada no rosto do moreno. Enfiou a mão direita na cueca e fez carinho em seu membro grosso sem ao menos liberta-lo. Ouviu gemidos fracos vindo de Micael.

A loira ajoelhou e então puxou a cueca consigo. O pau ereto saltou e ela segurou com as duas mãos, antes de enfiar na boca e receber um gemido de surpresa.

O movimento de vem e vai deixava o moreno louco, muito provavelmente pela falta de sexo durante todo aquele tempo. Micael juntou os cabelos num rabo de cavalo e pressionou. Era quente, era apertado, era fabuloso. Sophia o aguentava inteiro na boca. — Puta que pariu, sai daí, Sophia. — Puxou a loira pelos braços, estava ofegante, não duraria muito tempo.

— Mas já? — Sorriu e lambeu os beiços em seguida. — Eu queria mais.

— Se você quiser encerrar a brincadeira por aqui, você continua. — Ergueu uma sobrancelha e a viu negar. — Pois então é a minha vez. — Empurrou Sophia na cama e tirou o short do baby Doll. — Sem calcinha... — Sussurrou e deu beijos nas coxas de Sophia, que se retorceu por antecipação.

A língua quente chegou a sua intimidade trazendo um turbilhão de sensações que já não sentia há muito tempo. O sexo com Micael era diferente, muito diferente e mal havia começado.

Ele chupava o clitóris com tanta vontade que Sophia só faltava ficar louca na cama. As mãos dele estavam em seus seios, brincando com os mamilos eriçados. As costas da loira estavam arqueadas, ela soltou um grito quando sentiu Micael tirar uma mão de seu seio e enfiar dois dedos nela.

A combinação era fatal, se ele continuasse, não demoraria muito até Sophia gozar. E assim foi feito, ele a ouviu soltar um gemido mais profundo e prender sua cabeça entre as pernas, não demorou a sentir seu gosto. Sorriu e saiu do meio de suas pernas, a observou em estado pós orgasmo, completamente absorta de si e com o corpo mole.

— Levanta daí. — Ordenou. — Fica de quatro. — Sophia sorriu com a ordem e logo obedeceu. Soltou um gemido forte quando sentiu Micael escorregar pra dentro dela, centímetro por centímetro. — Gostosa! — Lhe deu um tapa na bunda e viu o local ficar vermelho. — É disso que você gosta, não é? — Socou com mais força. Em certo momento ela ergueu o tronco e Micael lhe segurou pelo pescoço. — Geme, vagabunda. — Aumentou ainda mais, se é que era possível. Sophia então obedeceu.

O moreno saiu de dentro dela de supetão e permitiu que ela se deitasse.

— Precisamos de camisinha. — Disse cortando oitenta por cento do clima do momento. — Tudo o que eu menos preciso agora é gozar dentro de você.

— Vai fazer eu ir atrás de uma camisinha mesmo? — Ela perguntou ainda esparramada na cama. — Isso está tão gostoso.

— Vai ser por sua conta e risco então. — Achou graça dos olhos arregalados da loira que levantou num pulo e saiu do quarto pisando forte, não demorou a voltar e entregar a camisinha a Micael. — Viu só, nem doeu.

— Na pele é muito mais gostoso.

— Na pele faz bebê, e nós não precisamos de um bebê no meio dessa bagunça. — Rasgou o pacote com o dente e então se vestiu. — Você vai ver como eu faço gostoso até de camisinha.

— Eu sei que você faz gostoso até de camisinha. — A loira corrigiu e os dois sorriram, cúmplices. Micael colocou uma perna em cada lado do ombro e então a invadiu novamente. Ouviu o gemido alto e sorriu, metendo com mais velocidade. — Puta que pariu! — Disse entre os gemidos. — É isso vai, não para. — Ele liberou as pernas de Sophia e então deitou em cima dela num clássico papai e mamãe. — Oh, meu Deus! — Gemeu manhosa, enquanto sentia seu segundo orgasmo cada vez mais próximo. Abraçou Micael e fincou as unhas em suas costas. Recebeu um beijo na boca que abafou os gemidos frenéticos.

— Fala que era disso que estava sentindo falta! — Mandou enquanto metia, a loira já estava fora de si. — Anda, confessa!

— Eu estava morrendo de saudades de você. — Confessou e ele sorriu. — Agora fode com força vai! — Pediu num gemido que o atiçou ainda mais. — NÃO PARA. — Gritou, o ritmo era insano. Não demorou muito para que os dois atingissem o ápice.

Aquela NoiteWhere stories live. Discover now