20 - Trégua

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"No amor e na guerra, o ataque, por vezes, torna-se a melhor estratégia".

Lorde Albert Davies

Por dois dias seguidos, Joan Morrison manteve seu orgulho inabalado e dormiu no estábulo

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Por dois dias seguidos, Joan Morrison manteve seu orgulho inabalado e dormiu no estábulo. Albert, não tentou persuadi-la a interromper com aquele comportamento teimoso, muito pelo contrário, ignorou-a;. Ele estava demasiado magoado, pois ela, aparentemente, não tinha a intenção de retribuir os seus sentimentos. Uma lástima.

Todavia, em uma certa manhã, o conde decidiu que não desistiria daquela mulher tão facilmente e partiu para o ataque com uma nova estratégia.

Joan, desde o dia em que Bea fora embora, fez de tudo para não esbarrar com Davies por aquele casarão. Contudo, inesperadamente foi acometida pelo susto quando chegou à cozinha, de modo a desfrutar do café da manhã junto aos demais empregados, e encontrou Albert, sentando confortavelmente no topo da mesa, sorvendo um gole de café, deixando os demais ocupantes completamente desconfortáveis com aquela repentina ação.

— Não vais sentar, Taylor. — Apontou a cadeira vaga na outra extremidade da mesa, bem de frente para ele.

Joan, momentaneamente inquieta, arrastou a cadeira e se juntou aos demais.

— Esse café está delicioso, senhora Monroe. — elogiou, fazendo a experiente cozinheira corar.

— O senhor tem um gosto refinado, milorde. — comentou, docemente, a moça que auxiliava na cozinha, batendo aqueles cílios negros, tentando impressionar o conde.

— Peculiar, eu diria. Gosto do café puro, quase amargo. — respondeu bem-humorado e indagou: — Não vais comer, Taylor?

Joan finalmente saiu do transe e em silêncio despejou um pouco de chá em sua xícara.

Uma quietude sepulcral invadiu aquele ambiente. Ali, naquela cozinha habitualmente barulhenta, a quietude tomou conta de cada espaço, enquanto todos — exceto Davies —, mantinham-se evidentemente tensos.

Aquilo, de fato, era uma tortura para os empregados. Tornou-se difícil realizar qualquer refeição com certa decência, quando a privacidade de todos fora completamente invadida pelo senhor da casa.

— O que o senhor está fazendo aqui? — Joan indagou com certa rispidez.

— Desejo apenas desfrutar da refeição matinal em sua companhia, Taylor. E se a senhorita se recusa vir até a mim, não tenho outra escolha a não ser marcar presença onde está.

Joan rolou os olhos, inconformada. Ele era mesmo um homem bastante irritante!

A moça se esforçou em seguir com aquilo, tentando não lhe dar a devida atenção, mas ao perceber que ninguém conseguia comer adequadamente, ela declarou, resignada:

— Tudo bem! Os senhor venceu. Eu o acompanharei em suas refeições, apenas acabe com essa tortura e deixe seus empregados em paz.

Davies, por sua vez, limpou os lábios com lenço e esboçou um sorriso de canto antes de falar:

Como Domar Lorde DevilOnde as histórias ganham vida. Descobre agora