VIII - Why did it take you so long?

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eita como todos os meus amigos que gostam de veronita fazem aniversário enquanto eu escrevo fanfic, eu adoro
gente hj é aniversário do meu príncipe gaelzito, então tô dedicando esse capítulo a ele!!! feliz aniversário gael, te amo muito, te admiro demais e te acho uma das pessoas mais iluminadas que já conheci. feliz dia ❤️
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Verônica apertou a campainha e bateu repetidamente na porta da casa de Anita, estressada com o fato de ter que ir para a casa da delegada de noite, sem sequer ter repousado em sua própria residência. Com a insistência com que a escrivã batia, Anita abriu a porta, irritadíssima, trajando um robe vermelho.

- Não tem o que fazer não, caralho? - Reclamou.

- Aparentemente não, né, pra você me tirar de casa a essa hora da noite. - Retrucou Verônica, já empurrando o corpo para entrar na casa da delegada - Desocupada. - Acusou.

- Misericórdia, como é grossa. - Anita deu espaço para que a escrivã entrasse - Como você é insuportável.

- Não tem como ser de outro jeito perto de você. - Verônica jogou o cabelo para trás, desprendendo-o do casaco pesado que usava; era uma noite fria em São Paulo - Vai, o que é que você quer?

- Ser tratada que nem gente dentro da minha própria casa, pra começar. - Anita fechou a porta, encaminhando-se para o sofá - Eu vi umas coisas interessantes na rotina do Fabiano. Queria conversar com você sobre isso.

Verônica foi pega de surpresa; estudar a rotina da vítima tinha sido a ordem que a delegada lhe havia dado algumas horas antes - ordem esta da qual a escrivã havia reclamado justamente por ser muito complicada e longa. Anita ter pego parte da carga para não sobrecarregar Verônica era algo que a escrivã legitimamente não esperava.

Agora, com a cabeça mais fria e centrada, Verônica começou a prestar atenção no ambiente em que estava. Foi quando caiu a ficha de que nunca tinha estado na casa de Anita antes, mesmo com tantos anos trabalhando juntas. A sala era bem organizada, minimalista e moderna, mas a casa aparentava ser grande. Haviam quadros diversos pelas paredes, mas nenhum porta-retrato, nem de familiares ou da própria Anita. Era como se fosse um ambiente extremamente bem cuidado, organizado, limpo e decorado, mas que não pertencesse a ninguém - como se não tivesse identidade.

Também era a primeira vez que a escrivã via Anita fora de seu ambiente de trabalho. A delegada trajava um robe vermelho, andava descalça e seus cabelos caíam irreverentes pelos ombros; ainda estando úmidos, Verônica chegou a conclusão de que Anita tinha tomado banho há pouco tempo.

- Vai, senta aí. - A delegada apontou para o sofá, se encaminhando para a cozinha - Quer alguma coisa?

Verônica a olhou, erguendo uma sobrancelha, surpresa e confusa. Anita revirou os olhos.

- Eu sou uma boa anfitriã, esperava o quê?

A escrivã riu.

- Uma água tá ótimo.

A delegada logo retornou com um copo de água gelada e o entregou para Verônica. Ela se sentou ao lado da escrivã, jogou o cabelo pra trás e cruzou as pernas, subindo um pouco o tecido do robe pelas coxas. Verônica tentou não olhar.

- Então, eu consegui ver pelo menos quatro pessoas com quem o Fabiano se encontrou. - Anita espalhou os papéis que estavam em cima da mesinha de centro na frente do sofá - Eu quero que você me ajude a identificar elas.

Verônica suspirou, bebendo o copo d'água. Seria um trabalho extremamente longo, cansativo e, pior, chato - mas a escrivã estava mais que disposta a fazê-lo. Em parte pela euforia que ainda sentia em fazer parte de verdade de um caso importante e sério, e em parte - ainda maior - por um sentimento de dívida a Anita por não ter deixado que esse mesmo trabalho fosse feito por ela, sozinha.

FogoWhere stories live. Discover now