35.

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Giovanna 🍃:

Abri os olhos e senti minha cabeça latejar,fechei novamente colocando minhas mãos na cabeça.

Depois de uns minutos abri meus olhos novamente e percebi que não estava mais no quartinho em que eu estava durante as duas semanas que cheguei aqui,e sim na casa do neguinho.

No mesmo quarto que dormíamos juntos. Neguei com cabeça e me encolhi mais na cama.

Não estava com nenhuma vontade de levantar daqui,fora que eu estava sentindo um incômodo no pé da barriga.

Então me enrolei e fiquei fazendo massagem na parte que estava doendo,sem perceber acabei dormindo novamente.

Neguinho: tá fazendo o que deitada uma hora dessa? - acordei no susto com ele me balançando.

Giovanna: aí - resmunguei ao sentir todo o meu corpo doer.

Neguinho: "aí"? - me olhou bravo - tu não fez nada para comer? Já são 13:00 e você ainda está deitada? - me puxou pelo braço, fazendo eu ficar sentada na cama.

Com a força que ele usou,fez eu soltar um gemido de dor e colocar a mão na barriga,a dor estava ficando pior.

Neguinho: que porra é isso? - apontou para a cama ,olhei e tinha um pouco de sangue.

Giovanna: eu...- neguei - eu não sei - levantei e tinha sangue nas minhas pernas.

Neguinho: da um jeito nessa merda - apontou na minha cara - coloca a forro para lavar e se arrumar,vamos sair .

Giovanna: quê? Para onde?

Neguinho: comer, porra. Tu não fez nada para comer,tá achando o que? Ficou esse tempo fora de casa e já tá assim,toda folgada sem querer fazer nada.

Ia falar mas achei melhor ficar calada,não quero apanhar. Meu corpo ainda dói .

Então só concordei e fui até o banheiro,tomei banho e fui até o guarda roupa,onde estava todas as minhas roupas.

Estranhei quando vi as roupas que o Caccini tinha me dado,o que essas roupas estão fazendo aqui?

Neguinho: roupas de marcas - dei um pulo escutando sua voz e ele sorriu - pelo visto estava tendo uma vida de princesa lá,não é? - neguei me afastando - não? - se aproximou.

Giovanna: não - neguei ainda me afastando,até senti que bati minhas costas na parede.

Neguinho: e por que todas essas roupas caras e de marcas? - fiquei calada - hm? - insistiu colocando a mão no meu pescoço e logo beijando - se eu souber que você mentiu para mim sobre ter transado com ele,não vai prestar. Está ouvindo? - apertou mais o meu pescoço .

Giovanna: sim - falei com medo.

Neguinho: acho bom - falou olhando no meu olho,ainda apertando o meu pescoço - porque se você estiver mentindo,eu estrago a sua vida - falou e deu uma mordida no meu pescoço.

Tentei me sair ,mas ele me prendeu mais ainda na parede. As lágrimas começaram a descer por causa do medo e da dor.

Ele tirou sua boca do meu pescoço e me olhou sorrindo, olhando depois para o meu pescoço e se afastou.

Neguinho: deixei essa marca só para você lembrar do que pode acontecer com você,caso você minta para mim ou não faça o que eu queria - ia se virando para sair,mas me olhou novamente - enxuga essas lágrimas e se veste logo,te dou 5 minutos para se arrumar. E tapa isso daí.

Apontou e logo saiu. Não aguentei e comecei a chorar,meu peito doía tanto. Eu não sabia se ia aguentar tudo isso.

Topei no local onde ele mordeu e olhei para a minha mão,onde tinha sangue. Ele me mordeu até sair sangue.

Corri para o banheiro e me tranquei,limpei o meu pescoço e fiz um curativo rápido.

Meu corpo estava cheio de hematomas,então peguei uma roupa que cobrisse a maior parte do meu corpo.

Peguei um body que cobre os braços e uma calça,calcei minha havaiana e saí do quarto. Neguinho já me esperava na sala e quando me viu me encarou sério.

Neguinho: eu falei 5 minutos e não 15 - falou e saiu me puxando pelo braço até a porta - depois não reclama quando eu pego você.

Só concordei segurando o choro e entrei dentro do carro,não sabia para onde estávamos indo,mas não queria perguntar.

...

Caccini 🌀:

Fechei a porta e fui direto para a cozinha. Já fazia um tempo que não vinha em casa,desde que a Martina foi para a Itália,só dormi em casa umas 3 vezes.

Tirei meu sapato e peguei o copo colocando um pouco de whisky,minha cabeça doía e eu estava cheio de coisas para resolver.

Fora que Martina estava me ignorando desde que foi embora,ou seja,a duas semanas.

Falei com minha mãe e ela disse que não tirava o direito da Martina,e que eu estava errado. Nem falei mais nada também,tudo é eu que estou errado.

Martins foi para o Canadá resolver algumas coisas e cobrar as dívidas.

E eu? Eu estou sozinho,só resolvendo coisas da facção e da máfia também. Minha cabeça só faltava explodir.

Escutei um barulho vindo da sala e fui ver o que era,levei um susto quando vi minha mãe entrando e logo atrás dela,a Martina.

Caccini: o que está acontecendo? - perguntei e vi os seguranças entrando com as malas.

Maitê: não está acontecendo nada.
Pode colocar aí no canto - falou para o segurança - não vem me abraçar não? - me olhou com a mão na cintura.

Me aproximei e dei um abraço nela,olhei para a Martina que nos olhava mas quando viu que eu estava olhando, desviou o olhar.

Caccini: aconteceu alguma coisa para a senhora vir até aqui? - estranhei.

Maitê: claro que aconteceu. Aconteceu várias coisas - saiu andando até o sofá e se sentou - vamos direto ao assunto? - cruzou as pernas e fez sinal para eu e a Martina sentar.

Caccini: pode falar.

Maitê: já está na hora de você e de sua irmã se resolverem,não é?

Martina: mãe, agora não - bufou - não era esse o assunto.

Caccini: por mim está de boa. Martina que está de fogo por causa da Giovanna,já disse que a menina escolheu voltar para o marido. - suspirei.

Falar isso em voz alta e explícita foi estranho.

Maitê: esse é o outro assunto - sorriu - minha principal vinda até o Brasil foi por causa da senhorita Giovanna.

Ergui minha sobrancelha sem entender.
Como assim sua vinda foi por causa da Giovanna?

Comentem e deixem sua estrelinha,bjs!

obstinada ao erro. Onde histórias criam vida. Descubra agora