23.

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Martina:

Maitê: seu irmão é difícil de lhe dar,puxou ao pai - concordei.

Martina: eu amo muito ele, mãe. Só que às vezes essa proteção dele é tão chata.

Maitê: eu sei,meu amor,mas essa proteção não é atoa,olha a profissão de vocês - suspirei.

Martina: profissão dele, né? - ri sem ânimo - eu mal faço parte disso,só sei as coisas básicas e é por escolha minha mesma.

Maitê: mas você sabe que uma hora você não vai mais poder escolher,e vai ser nessa hora que você vai ter que agir como uma Caccini de verdade.

Martina: eu espero que demore - ela riu e continuou fazendo umas tranças no meu cabelo.

Depois que eu saí do quarto em que a Giovanna está,fui conversar com o Marcos ,mas ele tinha saído e nem avisou a ninguém.

O pessoal que estava aqui em casa foram embora e eu fui aproveitar o momento com minha mãe, agora estamos aqui, conversando sobre quase tudo e ela me dando conselhos.

Maitê: você já me contou tantas coisas,mas até agora não falou sobre o Martins.

Martina: e o que tem ele? - me fiz.

Maitê: vai esconder isso de mim? - neguei - então fala logo,só fiquei sabendo disso pelo seu irmão e mesmo assim ele nem contou tudo.

Martina: ele nem sabe também - ela me encarou - não tem muito o que falar, mãe.

Maitê: vocês voltaram?

Martina: digamos que sim,na verdade não - ela olhou sem entender - é meio complicado,a gente conversou e voltamos a ficar ,mas não voltamos.

Maitê: então me conta como foi essa conversa. - concordo.

Martina: foi no dia em que eu saí para jantar com o menino do condomínio...

Flashback on:

Martina: obrigada pelo jantar - sorri.

Eu queria mesmo era ir embora logo,o menino passou praticamente o jantar inteiro mexendo no celular.

Bruno: tem certeza que não quer ir para outro lugar? - olhei para a cara dele sabendo exatamente qual era esse outro lugar que ele falava.

Martina: realmente não vai dar - ele concordou - bom,eu vou indo.

Bruno: é ,eu também tenho que ir . ah,e até que sair com você não foi nada mal. - olhei sem entender - sabe como é, né?

Martina: não, não sei - cruzei os braços.

Bruno: é que você é negra,e por ser meu primeiro encontro com uma mulher negra, não foi nada mal - falou e acabei rindo não acreditando no que ele acabou de falar - ah,qual foi - riu também - achei que você seria,sei lá,mal educada? - falou na dúvida.

Martina: não vou falar que foi meu primeiro encontro com uma pessoa branca,mas você foi o primeiro babaca - sorri - quer dizer,isso nem foi um encontro. Pelo menos para mim,isso só foi um jantar qualquer.

obstinada ao erro. Where stories live. Discover now