Eu não contive meus três pulinhos de alegria. Pego em sua mão novamente e o puxo com euforia, para que fôssemos até lá.

—Uau. — É a única coisa que consigo dizer diante tanto brilho, e o foco nas cores branco e azul.

—No 3! — Escuto Jun correr até mim, após programar o flash da câmera no tripé em nossa frente.

Ele se põe atrás de mim, abraçando meu corpo com força até que seu queixo recostasse em meu ombro. Nos balançamos juntos de um lado para o outro, em sorrisos sinceros e bem abertos. Bastou o flash disparar para corrermos em uma curta corrida até a câmera que ejeta nossa foto aos poucos.

Eu já estava gargalhando, e nem havíamos começado a noite direito. Esse homem me arruína o estômago com as risadas que me retira. Definitivamente ao lado dele, a tristeza parece não me alcançar, mesmo que eu não esteja correndo.

Pois agora, ele se tornou a minha barreira.

—Ah, amor, ficou incrível! — O admiro retirando a foto pronta do pequeno compartimento da câmera ainda no tripé. Ele sorri forte ao passar o dedo delicadamente pelo momento fotografado. Me pego pondo a mão no peito, sentindo meu coração disparar e sorrir assim como os meus lábios.

—Que tal um ponche?! — Sugiro eufórico, prestes a correr mais uma vez até mesa que segura o grande recipiente alcóolico.

Meus fios se movimentam com a corrida que decidi apostar, e minha garganta não para de soar a risada aflita de quem estava prestes a ser pego. Bastou minhas mãos atingirem o tecido da mesa, para que as suas atingissem novamente meu abdômen. Sinto sua respiração eufórica atingir meu pescoço, junto ao seu hálito gélido de menta recém-mastigada, que me faz revirar os olhos antes de me virar até seu rosto.

—Dessa vez, você bebe, e eu provo. — Digo em provocação.

Apoio minhas mãos novamente na madeira em um impulso para o meu corpo, no objetivo de estar sentado ao lado do ponche, enquanto recebo seu olhar scanner, que passou por todo o meu corpo. Eu sempre sinto tudo em mim arrepiar quando ele faz isso. É como se seu olhar conseguisse atingir ou mexer com algum tipo de mecanismo dentro de mim.

—Você que manda, detetive. — Escuto seu sussurrar.

Observei cada um dos seus movimentos calmos. Do seu retirar de paletó, e seu pegar no copo vermelho vazio, até o recebimento dele cheio em seus lábios. Suas expressões fazem minhas veias se desestabilizarem de seu percurso, enquanto paraliso com um sorriso bobo no rosto ao olhá-lo beber aquele maldito ponche.

Ele faz de propósito.

Sua testa se franze de forma raivosa, enquanto seus olhos encaram o copo de cima à baixo como se fosse a melhor bebida que suas papilas gustativas já puderam sentir. Jun libera um pequeno gemido agradável após engolir o fim da bebida daquele copo, que faz as veias das minhas pernas saltarem.

—Quer provar um pouco? — Meu corpo estremece assim que suas mãos atingem a madeira ao lado das minhas coxas sentadas, cada uma de um lado, fazendo seu cordão prateado saltar levemente de seu colo, e seu perfume gostoso impregnar em meu nariz outra vez.

Puta que pariu.

—Me prova que vale a pena sentir o gosto desse ponche levemente suspeito, aparentemente com pouco suco da fruta pela forma clara que as luzes o revelam transparente, e com o cheiro de álcool que parece estar 100% no sabor disso. — Me surpreendo  que não gaguejei em nenhuma das palavras que saíram da minha boca, como em "100%" e "aparentemente", que eu erraria a fala sem pensar duas vezes em situação de suor e nervosismo como essa.

Ele deixa uma risada fraca escapar, junto ao seu abaixar de cabeça, que recosta em meu peito acelerado. Meu corpo estremece novamente, e eu estou completamente entregue assim que recebo seu olhar sorridente outra vez, enquanto passa a língua na bochecha interna lentamente sem desviar um centímetro o olhar do meu.

Quem Matou Min-Ji? - JikookWhere stories live. Discover now