capítulo 12: dois meses depois

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Seus dedos brincavam com os meus fios de cabelo, me causando conforto e paz.

— Eu não sei o que dizer.

Respirei fundo.

— Não diga nada, só a sua presença me acalmando é o suficiente.

Sussurei.

O apertei em meus braços, tentando ignorar o fato de que tem dois seguranças em frente ao meu apartamento e que Gaara saiu em busca de como prender meu irmão novamente.

.

*Dois meses depois*

— Caramba! Não sabia que me formar iria ser tão trabalhoso assim, eu não aguento mais estudar!

Estudar... Minha cabeça está tão longe que eu esqueci que ainda sou uma estudante, mesmo tendo acordado todos os dias cedo para vim para esse colégio.

— Você ainda tem sorte que aprende rápido, imagina o quão difícil é para quem realmente precisa passar horas estudando para entender meia palavra?

Sorte... É tão difícil perceber o quanto de sorte eu tenho, quando tudo o vejo é uma grande onda de azar.

— Eu sei Neji, mas ainda sim... Independente dos meus esforços, nunca alcançarei uma nota tão boa quanto...

Sua voz morreu assim que ela olhou em minha direção.

Como estudante, eu posso ter uma sorte, independente do meu esforço para me manter acima da média, sei que sempre tive facilidade para aprendizado, então...

Eu apenas aprecio a pouca sorte que eu tenho.

Em passos lentos, sair do mural, onde está exposto os melhores alunos, deixando que os pombinhos conversem a sós, se ignorar a existência dos outros alunos curiosos.

Me manter no ranking de melhores notas não é tão difícil, contanto que eu não tenho amigos, e nem hobies que me façam fazer outra coisa além de estudar.

Eu não tenho vida social, eu só tenho uma vida acadêmica que nunca precisei realmente me preocupar com notas, com provas, porque sei que irei me sair bem.

Nenhuma pressão psicológica familiar, até porque, nem família eu tenho.

A única pessoa é um irmão, que está tendo uma pressão muito além do que posso imaginar. Um pai babaca e um irmão ganancioso.

Família é um termo tão... Cadê a parte em que a família iria me proteger? Me incentivar? Que iria está lá para quando eu precisasse!

Apenas a minha mãe morta, é a única pessoa que eu posso realmente desabafar... A única pessoa que está literalmente em outra vida, se é que existe uma outra vida, mas é a única realmente presente, a única que está do meu lado, que estava me mantendo segura...

Sei dos esforços do Gaara... Mas como vou esquecer todas as vezes em que eu sentir remorso por ele da noite para dia? Apenas posso apreciar o seu esforço no presente, mas o meu passado ainda está aqui, me pedindo e querendo que eu não me machuque de novo, confiando em meu único irmão que está do meu lado.

— Perdida?

Paro de andar e olho na direção da voz.

— Não, apenas pensando.

— Espero que não tenho te chateado, sei que você também se esforça para se manter aonde chegou.

Suspirei fundo e tentei forçar um sorriso.

— Eu não ligo para a vida acadêmica, apesar de ser basicamente a única coisa que me resta. Estudar não é difícil para mim, não é cansativo, talvez seja meu único hobby.

Nunca pensei que iria parecer ser a pessoa mais careta, mas talvez eu seja. Eu não tenho nada de interessante para fazer, eu também não iria querer ser minha amiga.

— Uau, você é a primeira pessoa que estuda por hobby, tem tantas coisas legais, mas estudar é um dos únicos que te dá mais oportunidades garantidas.

Penso um pouco.

— Sabia que eu não me importo em ser chamada de careta, não é?

Tenten sorriu.

— Eu amo esportes, desde que nasci, mas odiava quando me obrigavam a estudar ao invés de fazer o que eu gosto, mas você nunca teve esse problema.

Sorri.

— Mais chato que estudar, é ter a minha vida, acredite.

— Eu sou a Tenten.

— E eu a Temari, como você deve saber.

Sorri.

Meus olhos seguiram na direção do rapaz que andava de maneira despreocupada, seu olhar vem até o meu.

— Ele melhorou, você deve está feliz!

— Preciso ir.

Sua expressão foi de confusa, quando eu praticamente sair correndo.

— Temari!

Ignoro o meu nome ser chamado por ele e saiu.

Só mais três meses, e eu me livro desse lugar.

.

— Vai continuar me ignorando, é isso?

— Sim.

Respondo.

— Eu já pedi desculpas.

— Engraçado, as palavras de sua mãe não se apagaram igual borracha!

Seu músculo estava rígido, e eu super entendo isso.

— Temari...

— Esquece Shikamaru, você só iria ter mais problemas se envolvendo comigo.

Digo por fim.

Levantei com para pegar a bandeja e almoçar em outro lugar, quando sentir sua mão tocar na minha.

— Eu não concordo com nada do que ela disse...

Tentei sustentar seu olhar.

— Você não pode ir contra sua mãe. Ela sabe que é perigoso estar comigo, ela quer seu bem, então por que não aproveita que tem alguém procurando o seu bem estar? Eu não ligo, não ligo se vou ter que ficar sozinha novamente, não ligo se eu sou literalmente o tesouro que os piratas procuram o ouro. Você não tem culpa, mas eu sou um problema, você quase se machucou por minha culpa... Então me deixa ir... Eu não quero te machucar de novo. E não quero sua mãe olhando na minha cara e dizendo que eu tentei matar o filho dela...

Respirei fundo quando as lágrimas caíram, Shikamaru não afastou o seu braço, continuou me segurando.

— Temari...

Puxo meu braço com força, respiro fundo e olho em seus olhos, seus olhos escuros, que transmitiram o completo desespero.

— Só me deixa ir... Sem te machucar de novo...

Autora: só passando para avisar, que fiquei sem tempo, não desistir não...
Okay!
Espero que tenham gostado, e feliz natal e ano novo atrasado!

Querido vizinho Where stories live. Discover now