Capítulo 3: chamada

296 37 2
                                    

Não gosto de discutir, não consigo medir minhas palavras e nem as minhas ações.

Eu sei que o Gaara faz tudo o que pode, mas ninguém pediu que ele assumisse essa responsabilidade, ele escolheu assumir tudo.

O som da notificação do meu celular chama a minha atenção, o pego e leio a mensagem que chegou.

"Está melhor?".

Sorri sem perceber antes de responder, já estava tarde, se passava das dez da noite.

"Estou acostumada, mas ficarei bem".

O respondi.

Shikamaru sempre soube que as coisas não fluíram bem com o Gaara.

Conheço o meu vizinho há tanto tempo, que ele consegue desvendar o meu humor facilmente, talvez seja a única pessoa que me entende.

Embora eu nunca precisei que alguém me entendesse, mas sim que aceitasse o que eu sentia, a forma que sou, resumindo, alguém que me respeite.

E Shikamaru é ótimo em fazer isso.

"Tive algumas ideias de como iniciar o trabalho, se quiser eu posso te mandar".

Leio a mensagem que recebi, em redações, normalmente ele começa, eu desenvolvo e concluímos juntos.

O pedi que me mandasse, a partir disso, comecei a desenvolver e o mandei.

Após alguns minutos, recebi uma ligação em vídeo em meu notebook que já estava ligado, tivemos uma conversa sobre o trabalho e conseguimos terminar mais rápido do que eu pensei.

Achei que não iríamos terminar hoje.

Respondi.

— Eu também, você deve está com a cabeça cheia e eu te trazendo um trabalho que poderia ser feito amanhã.

Sorri sem perceber quando o vi de espreguiçar.

— Acho bom distrair a mente.

Confessei.

Fazer um trabalho não é o melhor meio.

Me respondeu.

— Como não? Eu aprendo algo novo e útil para minha vida acadêmica.

Shikamaru bocejou, e isso me fez ver que era quase meia noite.

Mas isso é chato.

Balancei a cabeça concordando.

Era isso ou iria chorar enquanto tomo banho.

Shikamaru me olhou confuso e curioso.

Está tão mal assim?

Olhei para o teto branco antes de responder.

Na verdade, não, era só uma mania de dizer.

Outro bocejo, alguém deve está morto de sono.

Confesso que usei esse trabalho para manter contato contigo.

Ajeito a minha postura.

— Achei que já tivéssemos intimidade o suficiente para não precisar de desculpas para conversar.

Desabafei.

Querido vizinho Where stories live. Discover now