capítulo 6: lembranças

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Sua língua brincava com a minha de uma maneira que me enlouquecia e me fazia pedir mais.

Se não me engano, existe uma explicação científica para o motivo de beijos serem tão viciantes, mas nesse momento, a única que eu sei, é que eu amo o calor dos seus braços.

Se me dissessem que isso aconteceria, eu apenas ignoraria e seguiria com a minha vida, mas estar vivenciando isso vai muito além da imaginação, poder tocar em sua pele, e me fazer perceber que eu o desejava a mais do que pensei.

Gosto de estar com ele, confio nele, me sinto confortável com a sua presença.

Sempre pensei que eu não merecia, ou penso ainda. Mas sempre dispensei a possibilidade de ter algo a mais com ele.

De sentir a sua mão apertar a minha cintura, a sensação de mexer com seus fios de cabelos escuros, de poder admirar a sua face a centímetros do meu, sentir a sua respiração em meu rosto e desejar ainda mais, ainda mais o contato de nossa pele.

Sorri olhando para o seu rosto, para seus olhos escuros que me observava de uma maneira que nunca gostaria de deixar de ver, os seus olhinhos me admirando, acompanhada de um sorriso, sincero e puro.

— Queria que você não fosse embora.

Sussurrei, sabendo que já se passou mais de uma hora, onde poucas palavras foram trocadas, apenas salivas e toques salientes.

— Posso morar aqui se você quiser.

Sentir meus olhos fecharem quando sorrir olhando para a sua expressão sincera. Mordi o meu lábio ainda olhando diretamente para o seu rosto.

— A claro, pode ficar a vontade, você finge que é a minha sombra quando o meu irmão aparecer.

Shikamaru coçou a nuca e sorriu.

— Que complicado... Eu tenho que ir, ou eu vou, ou seu irmão me mata!

Resmunguei e o abracei.

Fechei os meus olhos para apreciar o seu toque, as suas mãos seguraram a minha cintura me fazendo desejar jamais sair do seu contato.

— Vamos!

O afastei e levantei da minha cama, eu estendi a minha mão em sua direção, ele a pegou e sorriu para mim, se levantando.

Caminhamos pela meu apartamento entre sorrisos sinceros, abrir a porta e lhe depositei um selinho de despedida.

Fechei a porta quando ele abriu e entrou.

Minha mão foi até meu coração, comecei a dar uma risadinha estranha enquanto meu coração aumentava as batidas.

Que doido!

Como é bom beijar! Beijar alguém incrível...

Eu suspirei fundo e fui para o meu quarto, me deitei em minha cama com o edredom lilás, e abracei o meu travesseiro, sentir seu cheiro e fechei os olhos.

Podia ser você, Shikamaru, mas meu irmão nos mataria e nos serviria aos porcos.

Tentei pregar o olho, mas fiquei revivendo os nossos beijos e os seus braços quentinhos, ai que saudades dele, e ele acabou de sair.

Poucos minutos depois, meu irmão chegou, ao menos, deduzir pelo som da porta sendo aberta e em seguida trancada.

Fingir levantar para pegar um copo d'água, na intensão de tirar informações dele.

— Ainda acordada?

Ouvir sua voz enquanto retirava os sapatos.

— Acabei de acordar, na verdade.

Mentir indo até a cozinha. Voltei para a sala o vendo levantar do chão e calçar as pantufas.

— Se quiser saber, o encontro foi bom.

Sorrir e bebi um gole, ele saiu e eu fiz uma breve comemoração, conseguir a informação sem nenhuma pergunta, e de ele estiver focado nessa pessoa, talvez ele esqueça da minha existência e não prestaria atenção se eu roubasse o Shikamaru para o meu doce lar.

Voltei para o quarto após beber toda a água e lavar o copo.

Me deitei em minha cama, e adormeci.

.

— Eu voltei... Trouxe as suas flores favoritas, infelizmente na floricultura Yamanaka não tinham umas tão bonitas como as da semana passada, mas você não se importa, não é? — Suspirei fundo retirando as flores velhas e colocando as novas — Eu sei que eu sempre venho aqui reclamar do seu filho, do meu irmão... Mas acho que estamos começando a nós dar bem — sorri — ele não está tão ogro quanto costumava ser, e está controlando o tom de voz... — tentei arrumar meu cabelo quando o vento o bagunçou — mas quero dizer que, estou bem mais feliz, na verdade, estou menos triste, lembra do Shikamaru? Eu te falava dele quando nos tornamos vizinhos, — sorri sentindo meu rosto esquentar — lembra que eu dizia que ele era muito fofo, bonito e era muito cuidadoso com o gatinho de estimação do prédio? Ele continua fofo, ainda mais bonito, mas o gatinho acabou morrendo... Bom, eu diria que... A gente está se conhecendo melhor — Sorri olhando para a foto da minha mãe — queria que a senhora o conhecesse, você iria gostar dele, ele é bem legal e sempre está cuidando de mim, sempre... — Olhei para o céu azul, havia poucas nuvens, e eu diria que é um dia quente, mas por ser cedo, o clima está bem agradável — Eu sinto sua falta. Eu sempre vou sentir.

Limpei a lágrimas que escorreu e continuei olhando a foto.

Fechei meus olhos quando uma das únicas lembranças dela me vêem em mente, dela arrumando meu cabelo.

Minha mente bloqueou quase todas os nossos momentos juntos...

Autora: peço que por gentileza, comentem o que estão achando ♥️

Querido vizinho Where stories live. Discover now