capítulo 10: doce beijo

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— Ops, caiu.

Antes que eu pudesse fazer algo que eu quisesse muito, minha atenção foi totalmente sugada pelo homem que estava em minha frente, agora estando na frente dela.

— Não sabia que você era escudo humano.

Minha atenção foi pro punho dele, que fechou, acho que nunca o vi com raiva.

— Shiho, dá o fora! Eu já te disse para não incomodá-la.

Toquei os ombros do Shikamaru na intenção de chamar ele para saímos dali, eu notei que muitos colegas começaram a prestar atenção na gente, e eu não quero meter ele em confusão.

Por mim, eu quebrava a cara dela, agora.

— O que ela tem que eu não tenho? Pode apostar que eu faria muito melhor que ela.

Pensei por milésimos segundos ao que ela se refiria, mas seu tom de malícia era certeiro.

— Shiho, pode apostar que nenhuma pessoa chegaria aos pés da Temari, e não tem nada a ver ao que você se refere. Tem coisas que são muito mais valiosa do que... Você sabe.

Sorri sem perceber, corajoso o suficiente para me defender, mas vergonhoso demais para falar em sexo em voz alta.

— Se eu fosse você, abriria o olho, essa garota não é flor que se cheire.

— E se eu fosse você, eu me mataria só de desgosto.

Puxei o Shikamaru para mim, seus olhos tinha tanto ódio que eu mal o reconheci.

— Chega! Só foi uma bebida, não perca o seu tempo discutindo com ela.

Olhei uma última vez para Shiho, seu semblante abatido me fez ter pena por dois segundos, mas passou quando sentir meu cabelo pingar nas minhas costas.

Arrastei o shikamaru comigo, ele ficou me esperando na porta do banheiro feminino enquanto eu tomava um banho e vestir minhas roupas de basquete, ainda bem que minha próxima aula é essa.

— Não precisava ter me esperado.

Sussurei ao sair.

— Não tinha nada mais para fazer.

Ele respondeu.

— Você podia ter ido para a aula.

Comentei.

— Não estou afim, como você está?

Me aproximei dele.

— Eu esqueci que tinha ódio dela quando você me defendeu, não precisava fazer isso, eu sei me defender sozinha, você sabe, não é?

Coloquei a minha mão em minha cintura e sorrir.

— Óbvio que eu sei, acredito que você derrubaria mais pessoas do que eu.

Abracei o Shikamaru por puro impulso.

— Obrigada.

.

— Aqui está.

Peguei duas caixas de chocolate e sorrir

— Obrigada.

— Para que você queria elas?

As segurei com firmeza quando disse.

— Um eu darei ao Shikamaru, outra, para uma garota.

Disse por fim.

Sei que o Shikamaru zombou da minha iniciativa, mas não sei fazer amizade, não pretendo compra-la, apenas ser simpática.

— Fez uma amiga ou você... Está com interesse por meninas?

O olhei de maneira confusa.

— Nenhum e nem outro, vou fazer um sorteio, a pessoa sorteada ganha uma caixa de bombom e minha amizade.

Mentir com tanta convicção, que quase acreditei em minha mentira.

— Você... Vai o que?

Gaara me olhava como se eu tivesse dito a coisa mais idiota do mundo, e ele não está tão errado assim.

— Ué? Qual o problema? Nem todo mundo tem o privilégio da minha amizade.

Enquanto eu falava, as caretas do meu irmão só me confirmava que o que eu dizia, era uma tremenda baboseira.

— Temari, eu disse para você fazer uma amiga, não comprar uma com uma caixa de bombom em um sorteio idiota. Achei que fosse mais esperta, não faça isso se não quiser ser zoada até a sua décima geração.

Acabei rindo com a declaração do Gaara.

— Eu só estava brincando.

Levantei do sofá para guardar uma das caixas, pedi para o Gaara comprasse, como eu estava sem dinheiro, então não podia.

— Vou entregar ao Shikamaru.

Alertei enquando me olhava no espelho da sala, meu cabelo loiro estava solto e molhado,

Usava uma saia justa e uma blusa não tão comportada.

Sair do apartamento e bati a porta do meu vizinho.

O som da maçaneta girando e a porta sendo aberta me fez sorrir ao ver o rapaz do outro lado .

— Comprei para você!

Estendi a caixa, na verdade, foi o Gaara, mas ele não precisava saber disso.

— Uau... Eu nunca tinha ganhado nada, obrigado, entra.

Pensei por dois segundos se entrava ou não, mas Shikamaru simplesmente me puxou me impedindo de ter a oportunidade de escolha.

— Meus pais saíram, antes que pergunte.

Um frio na barriga me ganhou por inteiro.

— Você sempre fica sozinho?

Eu perguntei me sentando no sofá.

— As vezes, vamos para o meu quarto.

Aceitei sem pensar duas vezes. Quando ele me chamou, eu esperava que iríamos conversar, jogar algo ou coisa assim.

Mas antes que cheguemos em seu quarto.

Shikamaru me puxou e me beijou, retribuir sem pensar duas vezes, e meu primeiro contato com a sua cama, foi ser deitada sobre ela no calor dos braços de Shikamaru, sentindo a sua língua brincar com a minha e o meu corpo esquentar.

Sua mão apertava a minha cintura me causando sentimentos viciantes.

— Espera aqui.

Shikamaru levantou, o vi pegar a caixa de bombom e abrir, ele pegou um dentro e trouxe até a cama.

— Sempre quis fazer isso.

Shikamaru tirou o papel, colocou em minha boca metade e em seguida encostou seus lábios os meus pegando metade do bombom.

Nós afastamos, e assim que terminamos de mastigar, voltamos a nós beijar.

O beijo ficou incrivelmente doce, já que tinha gosto de chocolate.







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