Capitulo 32

11.9K 351 163
                                    

Alfonso: Você passou semanas me irritando... – Começou, e ela sorriu, se aproximando.


Anahí: Por mais que te excite, você não me bateria se estivesse de bem comigo. – Disse, os olhos brilhando de triunfo – Então eu tinha que te irritar o suficiente pra você querer me estrangular.


Alfonso: Conseguiu. – Garantiu, exasperado.


Anahí: ...Desse jeito, você ia terminar perdendo o controle. É tão divertido quando isso acontece. – Disse, sorrindo abertamente – Mas precisávamos estar sozinhos. Então eu dei uma festa... Que com certeza ia te irritar abertamente e iria tirar nossos filhos de circulação. Dispensei Gail, tranquei todas as entradas, desliguei os telefones... 


Alfonso: Você é louca. – Disse, em um misto de irritação, exasperação e fascínio. 


Anahí: Eu fui uma garota terrível, não fui? – Perguntou, se fazendo e recuando no corredor. Ele a acompanhou, observando-a.


Alfonso: Do pior tipo. – Respondeu, os olhos verdes insondáveis pousados nela. 


Anahí: E o senhor acha que eu mereço ser punida? – Perguntou, falsamente maleável. Aquele tom fez a espinha dele se arrepiar. Ele ia responder, mas entraram no quarto e havia uma caixa com um laço de fita cinza em cima da cama.


Ele a olhou, hesitante, e foi até a cama, puxando o laço. Pensou que pudesse ser uma pegadinha, mas dentro, coberto por papel seda, haviam... Brinquedos. Ele riu de leve, olhando a caixa. Dois tubos de dois tipos de lubrificante e camisinha da marca que ele usava (ele mencionara lubrificantes e camisinhas, mas não especificara qual o tipo), algemas de metal, uma venda... Vários brinquedos, incluindo um cinto que ele reconhecia como seu no canto da caixa. Ele parou, olhando os lubrificantes que ela comprara, tentando entender porque dois, e sentiu a mão dela em seu bolso.


Alfonso: Você foi em uma sex shop? – Perguntou, virando o rosto.

Anahí: Achei a internet mais segura. – Disse, dando de ombros, e atirou algo com força no chão. Ele olhou, sobressaltado, e focalizou seu celular, agora em pedaços, a tela quebrada deixando pequenos cacos de vidro ao seu redor no chão. Fez lembrar que, em algum lugar naquele misto de sensações, ele estava furioso.


Alfonso: Anahí... – Suspirou, e ela sorriu de canto pra ele.


Anahí: Sem telefones. – Lembrou, em um sussurro. Ele levou um tempo olhando o celular no chão, pensativo, então ergueu o rosto pra ela. O olhar dele fez ela recuar um passo inconscientemente.


Alfonso: É, eu tenho certeza de que você merece ser punida. – Ela se arrepiou gostosamente com a expectativa – Venha aqui. – Ordenou, autoritário. Começara.


Anahí estava tensa; seria idiota se não estivesse. Cutucara a onça com um palito de dente. Ainda assim se aproximou dele, engolindo em seco. Alfonso afastou o cabelo dela, tocando as alças delicadas da camisola.


Alfonso: Quer saber o que vai acontecer hoje? – Perguntou, em um murmúrio, sem olhá-la. Olhava a alça da camisola. 

Antes Que Termine o Dia (Efeito Borboleta - Livro 3)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora