Já se passaram anos desde que Sabina Hidalgo, de dezessete anos, acreditava no amor verdadeiro. Mas quando sua ex-melhor amiga a provoca por não ter namorado, Sabina impulsivamente finge que está saindo com alguém secretamente.
Noah Urrea tem tudo...
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ෆ Sabina Hidalgo ෆ
Minha mãe estava sentada na mesa da cozinha quando entrei. O forno estava ligado, ela tinha um avental amarrado no pescoço e nosso apartamento cheirava a baunilha – os três sinais de que ela estava começando uma nova receita.
— Como foi seu dia? — ela perguntou, olhando por cima do ombro e sorrindo para mim.
— Bom. — Peguei uma garrafa de água da geladeira e me inclinei contra o balcão.
— O que você e Joalin fizeram?
Senti uma pontada de culpa por dizer à minha mãe que passaria o dia na casa de Joalin, ajudando-a a preencher os formulários da faculdade. Mas algumas mentiras eram para um bem maior, entretanto. Tipo escapar de outro fiasco sobre Noah.
— Nada. Apenas coisas da faculdade — eu respondi, olhando para qualquer lugar, menos para os olhos dela. Minha mãe (todas as mães?) tinha o talento de saber exatamente quando eu estava mentindo. É como se ela pudesse ver no meu rosto ou algo assim. O truque era falar o mínimo possível e sair rápido. Eu estava quase saindo da cozinha, quase em segurança, quando ela chamou meu nome.
— Eu estava falando com Johanna no telefone antes de você entrar! — Eu congelei, lentamente me virei e vi aquele olhar em seu rosto. Nada de bom poderia sair dela falando com a mãe de Joalin. — Ela nos convidou para jantar esta noite. Eu disse a ela que era muito engraçado, porque você já estava na casa dela. E você sabe o que ela disse?
Eu balancei minha cabeça. Preparada para o impacto.
— Johanna disse — ela continuou — que você não estava lá.
Eu sufoquei uma risada.
— Isso é muito engraçado, mãe. Você sabe o quão ruim é a visão dela. Pensando bem, não acho que ela estava usando óculos hoje. E Joalin e eu passamos o dia inteiro em seu quarto, então é possível que ela nem tenha visto…
— Sabina.
Eu me desenrolei como um carretel de barbante.
— Certo! Eu não estava com Joalin. — Eu afundei na cadeira em frente a ela, derrotada, e deixei a verdade escapar. — Eu estava com Noah — murmurei sob minha respiração.
Eu não sabia que era fisicamente possível que o rosto da minha mãe passasse de chateado a incrivelmente feliz em menos de um segundo. Agora ela estava radiante. Ela estava até sentada reta, inclinada sobre a mesa.
— O menino da confeitaria? — Ela sussurrou como se Noah estivesse escutando na outra sala.
— Sim.
— O que vocês dois fizeram? — Ela disse isso com calma. Casualmente. Apreciei que ela estava pelo menos tentando se conter. Contei a ela sobre o fliperama (ela ficou igualmente surpresa por ainda estar aberto) e sobre os doces de geleia, que, sim, mamãe, Noah adorava. Dã. E não, mãe, eu não gosto dele assim. Nós somos amigos. Naquele ponto, pude vê-la prestes a borbulhar – ela estava pulando na cadeira – então eu precisava sair da sala o mais rápido possível.