Chapter Six

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ෆ Noah Urrea ෆ

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ෆ Noah Urrea ෆ

     Eu estava dez minutos atrasado para chegar ao apartamento de Sabina. Ainda estava obcecado por meu pai e passei quase uma hora tentando ligar para ele. Onde ele estava? Até minha mãe disse que não tinha ouvido falar dele desde ontem. O que ele estava fazendo de tão importante que não conseguiu enviar uma mensagem para nenhum de nós? Disse a mim mesmo que ele estava ocupado, provavelmente em outra reunião ou talvez ele tenha pegado um vôo mais cedo para voltar para casa esta noite. Isso justificaria por que ele não ligou, e era mais fácil pensar nisso do que ele ter simplesmente esquecido.

     Mas meu pai não esqueceu. Portanto, deveria haver uma explicação para tudo isso.

     Acabei indo para a academia de manhã com Josh só para tirar minha cabeça do assunto. E não ajudou em nada. Quando eu contei a ele sobre meu pai, ele explodiu, disse que não era uma boa ideia idolatrar as pessoas porque elas nunca correspondem às suas expectativas. Mas esta não era uma celebridade ou alguma pessoa aleatória em uma revista. Este era meu pai, e devia haver uma razão pela qual ele não apareceu. Eu só esperava que tudo estivesse bem.

     De qualquer forma, eu tinha certeza de que Josh estava chateado comigo. O que não era incomum. Ele passava por momentos difíceis em casa, cuidando da sua irmã enquanto seus pais trabalhavam sem parar, então às vezes sua frustração fervia e por acaso eu estava na linha de fogo. Eu não estava bravo. Ele se desculparia na segunda-feira e ficaríamos bem de novo, voltando a falar sobre futebol.

     Agora eu estava em meu carro esperando que Sabina saísse, de preferência com algo para eu comer da confeitaria de sua mãe. Quando ela finalmente saiu, um minuto depois, com um saco de papel marrom na mão, não fiquei desapontado. Ela estava sorrindo quando abriu a porta, e eu percebi que isso – nós dois saindo – poderia ser um novo tipo de normal.

— Boa tarde — ela disse, balançando o saco na minha frente. — Eu trouxe uma surpresa para você.

     Eu já estava me sentindo melhor.

— Cupcake? — Eu perguntei, farejando.

— Não. É melhor do que isso. — Peguei o saco e ela o puxou, enfiando na lateral da porta antes que eu pudesse alcançá-lo. — É para mais tarde — ela explicou. — Se eu gostar do que vamos fazer hoje, você pode comer.

— E se você não gostar?

     Ela sorriu. Talvez o maior sorriso até agora.

— Então você pode me assistir comer.

     Comecei a dirigir pela cidade com um propósito então. A coisa boa de morar em Crestmont, uma cidade com menos de dez mil habitantes, é que é tão pequena que você pode dirigir por toda a cidade em menos de dez minutos. Tínhamos um colégio, uma igreja, um ginásio, um teatro – praticamente um de tudo. Havia alguns hotéis e lanchonetes decadentes ao longo da interestadual para viajantes que parassem para passar a noite. E era sempre uma noite. As pessoas passavam por Crestmont como uma porta giratória. Ninguém queria ficar. A menos que você tenha nascido aqui e não tivesse outra escolha.

The Upside of Falling (Urridalgo Version)Where stories live. Discover now