Katrina olhou envolta e suspirou ao entrar no quarto, todos esses dias cansativos teve resultado positivo, Lewandowski estava esperando apenas Ártemis acordar para ela fazer sua vendetta.
Assim que levantou os olhos a siciliana viu sua tia dormindo sentada ao lado da maca de sua filha, dando passos cuidados ela tocou Antonella com amor.
A mulher mais velha acordou no susto, os olhos arregalados foram em direção da filha e então se voltou para Katrina.
— Desculpe tia... Mas a senhora não quer descansar um pouco?
As olheiras escuras embaixo de seus olhos denunciaram os dias mal dormidos.
— Eu vou buscar um café — A senhora ignorou totalmente a oferta de Katrina e se levantou dando um beijo na testa de Ártemis. — Não irei demorar — Saiu um pouco desorientada ainda pelo sono mas deu seu aviso; Katrina tinha poucos minutos com a prima sozinha.
Suspirando a siciliana se sentou na cadeira vaga ao lado da maca. O quarto era ridiculamente caro, mas era impossível Hades não dar o melhor para a sua irmãzinha caçula.
— Ártemis... Está tudo uma bagunça, você sabia que seu irmão se casou? — Ela riu se sentindo sozinha, amava a prima com todo o seu coração. — Você precisa acordar para colocarmos as notícias em dia.
Sem nenhuma resposta.
Olhando para a máquina que media seus batimentos cardíacos seus olhos encheu de lágrimas, Dio, esses novos sentimentos a invadiu. Estava tentando ignorar a grande cicatriz que ficou em seu rosto de porcelana, mas era impossível. Se sentiu culpada por estar longe. Engolindo o choro ela respirou fundo e soltou o ar de seus pulmões completamente.
— Bem.... Agora fazemos oficialmente parte da Cosa Nostra, a esposa de Hades chegou chegando — Conversou, procurando algum sinal que ela estava escutando.
Não fazia sentindo, era decisão dela de acordar ou não, o médico mesmo disse que depois que tiraram sua vida de risco era por ela mesma. E agora estava aqui, a mais de semanas sem nenhuma reação.
— Fui para a Asia procurar pelo bastardo que te machucou.... Ele está esperando por você, Hades quer que você faça a sua vendetta — Pegando na mão fria e fina a siciliana sorriu. — Dio Ártemis, nem seu fratello sabe a fera que ele tem nas mãos, seu gosto por vingança é bem mais brutal, não é?
Aos poucos Katrina começou a ficar a vontade, conversando sem ter uma resposta, sem esperar por uma e assim se passou 15 minutos, ela tinha contado tudo, desde sua busca implacável até um certo homem complicado por quem seu coração batia descompensadamente.
Quando a porta se abriu ela sabia que seu tempo tinha se esgotado. Olhando para cima Hefesto se escorou na porta olhando para sua irmã na cama, a expressão sofrida era de matar, parecia que ver Ártemis naquele estado o torturava dolorosamente, não de um jeito bom.
— Como ela está?
— O mesmo.
Suspirando Hefesto se aproximou olhando para a cicatriz no rosto da siciliana que estava acamada.
— Eu tenho tanta raiva Katrina, quero botar fogo nesse filho da puta, ver ele morrer agonizando.
Hefesto e suas brincadeiras com chamas.
— Ela vai superar — Lhe disse com certeza, ela iria, porque ela era a Ártemis.
— Ela merecia coisa melhor — E de repente Katrina sabia que ele estava falando sobre o assunto proíbido.
A siciliana ficou em silêncio, sem saber o que dizer, era uma situação complicada. Hefesto amava Ártemis com todo o seu coração, mas envolvia muitas coisas, porém o amor era mútuo, só ele que não quis ver isso durante todos esses anos.
— Você deveria deixá-la decidir o que ela merece.
Ele se aproximou mais, tocou sua cicatriz rosada com amor, tão delicado.
— Me desculpa por não estar aqui — Dando um beijo em sua testa, todos compartilhavam dessa mesma culpa.
— Eu vou... — Ele acenou sem tirar os olhos da irmã adotiva.
Se levantando ela saiu do quarto se sentindo estranha, e então na saída do hospital ela encontrou com Drago, a ansiedade tomou conta do seu corpo, sua viagem não tinha acabado bem.
— Como ela está? — É a primeira coisa que ele perguntou depois de dias sem falar com ela.
— Bem.
— Venha, seu primo está lhe chamando — Então era assim, iriam se tratar como não se conhecessem, como não ficou semanas amando o corpo um do outro.
Encarando a realidade ela não poderia fugir, guardando a sua dor Katrina levantou a cabeça.
Ele disse desde o começo que não poderia lhe dar um relacionamento, ela estava ciente, mas a assassina se rendeu ao amor fracassado.
— Vamos? — Ele ergueu uma das sobrancelhas.
Doeu, mais do que ser torturada.
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HADES - O Novo Don - Irmãos D'Angelo - Livro 1 (COMPLETO)
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