Prólogo

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Corro pela aquela floresta escura parece que meus pulmões gritam desesperadamente por ar, minhas pernas doem, meu coração bate rápido demais, não vou aguentar por muito tempo, mas a minha vida depende disso. Depende dessa fuga.

Pés por favor não falhe.

- Sei que não sou digna, que não somos próximos mais por favor me ajude, me dê tempo suficiente.

Suplico para Deus com todas as minhas forças.

Minha cabeça lateja, minha visão embaçada pelo cansaço e as lágrimas parece que as árvores se multiplicam. As árvores que eu tanto admirava, por ora estava o odiando.

Escorrego na lama pegajosa, e apoio na árvore. Meu rosto está ardendo, parece que tem insetos se rastejando pela a minha pele. Escuto sons de galho se quebrando e não perco tempo.

Não, não, não por favor não.

Não passei por tudo isso pra desistir agora, eu vou lutar pela a minha liberdade. Eu me recuso a viver um segundo que seja daquela jeito.

Me desculpa Stefan mas sua palavra não é o suficiente.

Me escondo atrás de uma árvore.

Não escuto mais nada além do som dos animais. A coruja, os grilos e outros que não sei identificar deixam a floresta que eu tanto gostava assustadora.

- Cadê você sua ratinha imunda? Sua voz ecoa por toda a floresta, corvos se assustam e voam violentamente pelo céu noturno.

Ele está próximo. Lágrimas escorrem pela as minhas bochechas se intensificando a cada passo mas próximo, tampo a boca com a mão em uma maneira de amenizar meus soluços.

- Elise? -Gritou ele com um ódio nítido em sua voz.

Sem querer deixo um soluço alto o suficiente escapar dos meus lábios, dou um passo para trás um galho se parte ao meio, pelos meus sapatos desgastados.

Não, não, não
Esse será meu fim.

Tento correr novamente, mais meus cabelos são agarrados brutalmente, solto um gemido alto de dor.

- Achei você querida. -Disse ele com a voz áspera e gutural, cheia de ódio.

Achou que poderia fugir de mim?
Sua vadia imunda.

Ele me arrasta com força pela floresta com as suas mão grudadas no meu cabelo.
Tudo em mim dói, até respirar dói meu choro é desesperador, minha cabeça dói tanto. Sinto o ódio exalando dele.

- Por favor não faça isso. Gritei com ódio irreconhecível.

Ele me levanta com um puxão que sinto que ele poderia arrancar a minha cabeça.

- Terá suas consequências primeiro, até mais ratinha.


Sinto uma pancada forte na minha cabeça, minha visão começa a ficar embaçada as árvores se multiplicam, sinto algo quente na minha nuca, uma dor insuportável me domina.

Olho para cima e vejo ele com aquele seu sorriso macabro estampado em seu rosto, com aquela maldita máscara.

Por fim apago, e tudo que me resta é a escuridão.





Me desculpem se tiver algum erro. Espero que vcs gostem.

Até mais.

Liberdade CorrompidaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant