Slide cinco.

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No quinto slide, o banheiro da escola, apesar de ser um local nojento, parecia o melhor refúgio para Jimin

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No quinto slide, o banheiro da escola, apesar de ser um local nojento, parecia o melhor refúgio para Jimin.

Um espelho manchado e quebrado, refletindo uma aparência assustada e abalada. Uma torneira torta e suja, escorrendo água em duas palmas enfaixadas. Os curativos estavam encharcados e incômodos, no entanto, ao menos causavam um desconforto em Jimin. Ele não sentia nada físico, somente enxergava a própria dor.

Em um olhar questionador no reflexo confuso e na corrente de água fria, um soluço alto e doloroso cortou sua garganta, transformando o acúmulo da humilhação passada em um extenso riacho de constrangimento.

As risadas, apontamentos e encaradas maliciosas perturbavam sua mente, como em uma cena dramática de filme. Tudo ocorrera de maneira rápida, Jimin ainda não sabia lidar com o peso dos acontecimentos. Por causa de uma falta de atenção no trabalho, conduzido pela correria daquele dia, seus planos de conquistar o garoto que tanto gostava, que tanto deixava-o sem saber como reagir, estavam totalmente arruinados. Um simples erro, impensado na hora de passar o arquivo para o Pen drive, acarretara a pior experiência em sala de aula.

Por que foram cruéis consigo? Ele não merecia experimentar o gosto da humilhação terrível. Era um sentimento esmagador e muito difícil de lidar. Ainda não tinha certeza se conseguiria encarar a turma outra vez, ou até mesmo pisar naquele território escolar. Sem dúvidas, imploraria para sua mãe transferi-lo de escola – pedido que ele sabia que seria negado –. Jimin não tinha cometido um crime horrendo, pelo contrário, era um caso encarado como bobo, mas o medo das consequências agravadas tomava o primeiro lugar de suas preocupações.

Para piorar a situação, seus pensamentos não abandonaram a reação de JK. O garoto não apresentou um único movimento em seu rosto, permaneceu estático perante ao caos. Jimin não colocaria julgamentos em questão, porque tinha noção do quanto era estranho descobrir que uma pessoa possuía sentimentos amorosos por você, então era compressível ficar com um comportamento indiferente. No fundo, aquilo só o assustava mais do que imaginava.

Ele sentia os soluços sufocando-o, as mãos ficando enrugadas e os joelhos tremendo por causa da posição estática. Seus óculos estavam repousados na superfície gelada da pia, aguardando a hora em que não ficariam mais embaçados.

Desanimado, Jimin resolveu que desligaria a torneira, havia gastado muita água e não queria criar outras consequências graves. Nem sabia o motivo de estar molhando suas mãos daquela forma. Não aliviava a angústia, tampouco resolvia seu problema fora daquele banheiro. Era inútil.

Suas faixas estavam deploráveis, fazendo um alerta surgiu em sua mente. Subin pediu para tomar cuidado com os ferimentos, mas não pensou na possibilidade mais óbvia: molhar os curativos. Em um gemido insatisfeito, pegou um pedaço de papel para secar as mãos e tirar as bandagens brancas. Após fazer um montinho com o restante do curativo, andou até o lixo para descartá-lo, ficando tenso ao lembrar que não tinha levado uma bandagem reserva. Observou os cortes e suspirou, sentindo um rastro de lágrimas escorrendo em uma bochecha farta. Usou a costa da mão esquerda para limpá-la, fungando baixinho. Ele estava muito abalado.

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⏰ Last updated: Jul 20, 2023 ⏰

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Quando o Erro Vira AcertoWhere stories live. Discover now