8. Encontros e Reencontros

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Céus! Onde eu estava mesmo com a cabeça quando resolvi ir à esta bendita boate com o Christopher? Ah, tá. Já lembrei: na Chloé.

- Como pude ter sido tão enganado?! Passe para cá o troféu de imbecil do século. And the Oscar goes to... – penso alto. – E que esta tenha sido a primeira e última vez que eu sido feito de trouxa na minha vida. E quer saber do que mais? Eu vou sair sim. Vou ficar aqui esquentando minha cabeça à toa por causa de uma mulher feito esta? Não mesmo! Eu sou um cara legal, tenho a vida inteira pela frente e não vou gastar este meu tempo choramingando por alguém que não merece. Tenho uma vida ótima, família e amigos fora de série. Chloé que se dane! – continuo.

Levanto da cama onde eu estava deitado, falando sozinho e além de tudo entregando Oscar's como um lunático e sigo em direção ao banheiro quando meu celular que estava sobre a cabeceira começa a tocar. Atendo sem antes olhar quem é que estava me ligando, torcendo para que não fosse a Chloé. Ando muito distraído ultimamente, até atender chamadas sem antes identificar quem liga eu tenho feito.

- Terra chamando Joaquín. Alô? – reconheço a voz impaciente de Christopher.

- Ah, é você! – respondo aliviado.

- Achou que fosse quem? O Papa?

- Ninguém! – respondo rapidamente antes que ele dê outras sugestões mais precisas e eu não estou afim de me aprofundar neste assunto. – O que você já quer?

- Como o que eu já quero? Cadê você, cara?

- Estou em casa?! – respondo em tom sarcástico só para provoca-lo.

- Ah, não acredito que você não vai mais. Você não é mais o mesmo, antes sua palavra valia de alguma coisa. – ele diz com um tom de desapontamento em sua voz.

Não aguento e solto uma gargalhada ao telefone sem ao menos tentar disfarçar.

- Você é que não é mais o mesmo, parece até uma mulher que eu tive.

- Cala a boca!

- Você está chato demais hoje. Eu posso pelo menos tomar um banho?

- Você é quem sabe, quem vai sair fedendo é você.

Solto uma risada irônica:

- Já está ficando engraçadinho de novo?!

- Vai logo, cara.Tchau!


******


- Falou! – finalizo a chamada, devolvo o aparelho em cima da cabeceira e vou em direção ao banheiro, desta vez sem interrupções.

Descemos do táxi e seguimos direto em direção à entrada da boate. Já haviam lá algumas poucas pessoas esperando na fila para entrar. A parte de fora da boate era bem convidativa com uma iluminação relativamente forte e o letreiro retrô em neon com os dizeres "Change the Dance".

- "Change the Dance"?! – penso alto.

- Pois é, amiga. É a primeira vez que venho aqui também. Uma colega lá da companhia que sempre fala muito bem daqui e contou algo que me interessou bastante e aposto que vai interessar-te também.

- Me conta. – digo, curiosa.

- Então, eles fazem uma espécie de workshop de danças de vários cantos do mundo.

- Hum, já gostei... Continua. – interrompo-a, animada.

- Se você deixar, é claro. – ela sorri e dá um tapinha de leve em meu ombro direito. – A cada semana são ensinadas danças típicas de um país diferente.

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